Camila Maciel, da Adital
“Uso excessivo de redes sociais pode causar depressão”. É o que afirma a pesquisa desenvolvida, em 2011, pela Academia Americana de Pediatria.
“Uso excessivo de redes sociais pode causar depressão”. É o que afirma a pesquisa desenvolvida, em 2011, pela Academia Americana de Pediatria.
O professor universitário W.Gabriel Oliveira, no entanto, alerta: “devemos destacar o termo excessivo”. Ele avalia que é necessário impor um limite, em especial entre adolescentes, mas que há benefícios nas redes sociais que também devem ser considerados, como a socialização e as mobilizações virtuais.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo o denominaram de ‘Depressão Facebook’, a qual atinge, especialmente, adolescentes que ficam horas do dia navegando nas redes sociais. De acordo com a pesquisa, o uso sem moderação poderia acarretar atos de cyberbullying, ansiedade social e isolamento severo. Nesse sentido, é essencial que os pais acompanhem a vida virtual dos filhos.
Na avaliação de W.Gabriel, a forte adesão de adolescentes às redes sociais reflete características próprias da juventude, como formação da identidade, necessidade de socialização e auto-afirmação. Ele relembra que, em épocas diferentes, outros interesses aglutinavam a juventude e também requeriam limites por parte dos responsáveis. “Na minha época era o celular, através das promoções, os adolescentes passavam madrugadas ao telefone”, relata.
Para o professor, as redes sociais diferenciam-se de outras mídias, tendo em vista as inúmeras possibilidades de interação. “Texto, vídeo, imagem, comentários formam um bombardeio de percepções, que nos deixam dependentes. Quero saber se alguém falou comigo, qual a opinião do outro, se foi publicado algo relacionado a mim”, enumera. Ele avalia que as identidades são reforçadas por meio das redes sociais, a partir da imagem que se deseja passar.
Segundo a pesquisa, os jovens que desenvolvem depressão, já manifestam tendência ao isolamento ou ansiedade e buscam na internet uma forma de interagir com outras pessoas. Quando essa relação não se estabelece, eles ficam deprimidos. O trabalho alerta para que os pais avaliem se o período dedicado aos relacionamentos virtuais não estão interferindo na construção de relacionamentos reais.
Gabriel Oliveira cita algumas ferramentas que podem colaborar no controle dos responsáveis, como o bloqueio de sites. Outra medida, a qual requer acordos entre pais e filhos, é a definição de horários para uso da internet. Os pesquisadores orientam que os adolescentes devem ter uma vida equilibrada, com responsabilidades escolares, atividades extras e tempo livre para lazer, que pode ser utilizado também para uso da internet.
Em relação aos sites de redes sociais, por sua vez, algumas medidas de segurança são adotadas, embora possam “ser burladas”, conforme prevê o professor W.Gabriel. Uma delas é a idade mínima para acesso, em alguns casos é de 13 anos, em outros só é permitido o acesso com maioridade, 18 anos. Por meio da política de ética do site, também são proibidos conteúdos pejorativos, impróprios, pornografia, os quais podem ser denunciados pelos usuários. No entanto, com uma média de 750 milhões de usuários, tal controle ainda é deficiente.
(Adital)
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo o denominaram de ‘Depressão Facebook’, a qual atinge, especialmente, adolescentes que ficam horas do dia navegando nas redes sociais. De acordo com a pesquisa, o uso sem moderação poderia acarretar atos de cyberbullying, ansiedade social e isolamento severo. Nesse sentido, é essencial que os pais acompanhem a vida virtual dos filhos.
Na avaliação de W.Gabriel, a forte adesão de adolescentes às redes sociais reflete características próprias da juventude, como formação da identidade, necessidade de socialização e auto-afirmação. Ele relembra que, em épocas diferentes, outros interesses aglutinavam a juventude e também requeriam limites por parte dos responsáveis. “Na minha época era o celular, através das promoções, os adolescentes passavam madrugadas ao telefone”, relata.
Para o professor, as redes sociais diferenciam-se de outras mídias, tendo em vista as inúmeras possibilidades de interação. “Texto, vídeo, imagem, comentários formam um bombardeio de percepções, que nos deixam dependentes. Quero saber se alguém falou comigo, qual a opinião do outro, se foi publicado algo relacionado a mim”, enumera. Ele avalia que as identidades são reforçadas por meio das redes sociais, a partir da imagem que se deseja passar.
Segundo a pesquisa, os jovens que desenvolvem depressão, já manifestam tendência ao isolamento ou ansiedade e buscam na internet uma forma de interagir com outras pessoas. Quando essa relação não se estabelece, eles ficam deprimidos. O trabalho alerta para que os pais avaliem se o período dedicado aos relacionamentos virtuais não estão interferindo na construção de relacionamentos reais.
Gabriel Oliveira cita algumas ferramentas que podem colaborar no controle dos responsáveis, como o bloqueio de sites. Outra medida, a qual requer acordos entre pais e filhos, é a definição de horários para uso da internet. Os pesquisadores orientam que os adolescentes devem ter uma vida equilibrada, com responsabilidades escolares, atividades extras e tempo livre para lazer, que pode ser utilizado também para uso da internet.
Em relação aos sites de redes sociais, por sua vez, algumas medidas de segurança são adotadas, embora possam “ser burladas”, conforme prevê o professor W.Gabriel. Uma delas é a idade mínima para acesso, em alguns casos é de 13 anos, em outros só é permitido o acesso com maioridade, 18 anos. Por meio da política de ética do site, também são proibidos conteúdos pejorativos, impróprios, pornografia, os quais podem ser denunciados pelos usuários. No entanto, com uma média de 750 milhões de usuários, tal controle ainda é deficiente.
(Adital)