quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cinco inovações do Google Labs que podem agradar você

A área do Google reservada ao desenvolvimento de aplicativos e ferramentas apresenta constantemente novos recursos que todos podem testar.

 
O último lote de aprimoramentos do Google Labs inclui alguns add-ons para o Gmail, recursos adicionais do Google Calendar e até aplicativos para o sistema operacional de smartphones, o Android. Apresentamos cinco dessas inovações e perguntamos: Qual deles você vai usar?

1. Open Spot
Encontrar aquela vaga de estacionamento é uma tarefa das mais ingratas. Agora, usuários de smartphones Android têm um aplicativo só para lhes ajudar nisso.

O Open Spot funciona assim: quando um usuário do aplicativo deixa uma vaga, essa informação é compartilhada com outros que estão em modo de “procura”. De forma a incentivar as pessoas a usar esse aplicativo, na medida em que mais e mais vagas são liberadas pela mesma pessoa, “karma points” (pontos para o karma) são colecionados. Em um mapa, o aplicativo exibe as vagas em aberto e onde o usuário que procura um lugar para estacionar está. Diferentes cores dos marcadores indicam há quanto tempo o lugar está vago.

Para rodar o Open Spot, é necessário ter o Android 2.0 instalado e , por hora, esse recurso funciona apenas nos EUA, no Canadá e na Holanda.

2. Apps search
Quem usa frequentemente o Google Docs tem muitos arquivos armazenados e lembrar dos nomes pode ser algo para lá de trabalhoso.

O novo recurso Apps Search, do Gmail Labs, tem por objetivo facilitar a localização desses arquivos. Normalmente, quando queremos localizar algum conteúdo no Gmail, inserimos o termo buscado em um campo que diz “Search Mail” (procure por mensagens – em tradução livre do inglês).

Mas, se o usuário habilitar o Apps Search (o que pode ser feito a partir da aba correspondente ao Gmail Labs, na interface de configurações do Gmail) o texto do botão muda para “Search mail and docs” (procure por mensagens e por documentos – em tradução livre). De agora em diante, os resultados de pesquisa irão incluir documentos e mensagens de email com o conteúdo digitado.

3. Gentle Reminders
Se você se incomoda com pop-ups estourando em seu monitor para lembrar de reuniões e compromissos, então pode dar uma chance ao novo recurso do Calendar Labs. Cada vez que um evento estiver se aproximando, você verá uma menção no fundo da tela e ouvirá um ”som agradável”. Usuários do Chrome podem configurar diferentes notificações no desktop.

Procure pelo “Gentle Reminders” na interface do Google Calendar, escolha as configurações e clique na aba do Labs.

4.Declinar eventos de forma automática
Mais um recurso do Google Calendar e em fase “Labs”, trata-se de uma configuração que declina automaticamente de convites para eventos, durante os quais você não estará disponível. Depois de acionar esse recurso, também disponível na aba do Labs da interface no Calendar, verá uma opção de “busy” (ocupado) no campo de status do usuário.

5. URLs encurtadas para o Google Maps
“Short URL”, outro novo recurso do Google Maps, encurta automaticamente as URLs para um mapa. Normalmente, ao clicar no botão “Link”, duas URLs longas são geradas: uma para ser inserida em um email e outra para ser integrada ao código HTML de sites.

Habilitar a opção Short URL transforma essas duas URLs em endereços mais compactos, para usar no Twitter e em softwares de mensagens automáticas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

6 erros no Facebook e no Twitter que podem custar seu emprego

Zelosas por sua imagem e segurança, as empresas estão cada vez mais de olho no que funcionários e candidatos publicam nas redes sociais.

 

 

Travis Megale está feliz com seu emprego. Usuário habitual do Facebook, ele sabe como usar o site de forma apropriada e o que não dizer nem publicar. Infelizmente, muitos usuários do Facebook não pensam assim – e as demissões causadas por comportamento inadequado na rede social parecem ganhar cada vez mais manchetes.

Uma pesquisa recente da empresa de segurança de e-mail Proofpoint revelou que 7% das organizações já demitiram um empregado por causa de sua atividade em sites de mídia social. Outros 20% disseram que, por causa das redes sociais, empregados tiveram de ser advertidos. São estatísticas como essas que inspirou Megale a criar um grupo no Facebook, intitulado “Fired because of Facebook” (demitido por causa do Facebook).
“Sou professor de High School (equivalente ao Ensino Médio brasileiro) e, por isso, tenho de ter consciência sobre o que publico. Criei o grupo como um sinal de advertência para meus colegas”, disse Megale. “Pessoas com que trabalhei no passado fizeram comentários e publicaram fotos que facilmente poderiam ter causado minha demissão caso tivessem sido vistos pelas pessoas erradas. Minha esperança é que esta página ajude algumas pessoas a evitar erros no Facebook que, embora tolos, possam vir a ter um alto custo.”
Contos de terror
Em um esforço para aumentar a conscientização sobre o tema, o grupo convida os membros que perderam seus empregos por causa de algo que fizeram no Facebook a contarem suas histórias. E os contos sobre mancadas no Facebook que levaram à perda de um trabalho aparecem regularmente.
Exemplos recentes postados no mural do grupo em um período de três dias incluem um membro que escreveu  “Demitido por postar ‘F*** them nuggets’ “ na página de um amigo. Eu fui gerente no McDonalds por três anos. Acabou!”
Outro membro escreveu: “Demitido por não ser ‘uma pessoa do calibre das que nós gostamos de contratar. O que você faz em sua vida pessoal reflete negativamente em nós como empresa”.
É difícil fazer com que um empregado demitido se sinta melhor com isso, mas há razões para uma organização monitorar o comportamento de um funcionário nas redes sociais e tomar atitudes contra situações que julgar problemáticas.
Quando se trata de redes sociais, as questões levantadas pelas empresas tratam frequentemente de reputação e segurança – em especial, relacionadas à imagem da marca e à segurança de seus empregados.
Quais são os comportamentos que um empregador poderia julgar prejudiciais nos perfis online de seus empregados? Eis seis erros que os usuários cometem em sites como Facebook e Twitter, e que poderiam servir de porta para o desemprego.
1::Postar comentários negativos sobre o trabalho ou a empresa
Pode parecer óbvio, mas para muitas pessoas não é. Alguns membros do Facebook sentem a necessidade de espalhar para amigos e parentes suas opniões sobre o trabalho ou sobre seus colegas de escritório, tudo sob a impressão de que seus perfis permanecem privados.
Mas não é sempre o caso, especialmente se o usuário não soube ativar a privacidade em suas configurações, apontou Tom Eston, do site Socialmediasecurity.com. Os usuários precisam estar mais conscientes não apenas sobre as configurações de privacidade, mas sobre guardar as opiniões relacionadas ao trabalho com eles mesmos.
“Simplesmente não faça”, disse Eston. “Com frequência alguém publicará alguma coisa e depois pensará, dias depois, que talvez não devesse ter feito aquilo. Você não pode culpar a rede social por isso. As pessoas precisam assumir a responsabilidade pelo que publicam.”
Mesmo que você tenha ativado as configurações de privacidade do Facebook, lembre-se que as recentes reformulações do Facebook podem fazer com que as configurações voltem a ser públicas, tornando o conteúdo disponível para qualquer um até que o usuário vá lá e as mude.
Esse foi o caso com uma professora de Cohassett, Massachusetts (EUA), que foi demitida em agosto depois de publicar no Facebook que não imaginava trabalhar por mais um ano naquele distrito escolar. June Talvitie-Siple, que em um recado anterior havia chamado os estudantes de “sacos de germes”, não percebeu que suas configurações tinham sido tornadas públicas depois de uma mudança recente no Facebook. Ela serve como exemplo para que verifiquemos nossas configurações de privacidade com regularidade.
E há aqueles que seriam melhores se caíssem no esquecimento. Como a mulher que desabafou sobre o chefe em um post que já se tornou lenda na Internet. Infelizmente, seu chefe também era um amigo do Facebook e, por isso, podia ver facilmente seu perfil.
A mulher atualizou seu status com uma mensagem que, em português, seria como: “Eu odeio meu trabalho! Meu chefe é um total pervertido, que sempre me faz fazer trabalhos de m***a apenas para me sacanear!”.
Ao que o chefe respondeu: “Acho que você se esqueceu de que tinha me adicionado aqui” e terminou com “Não se importe de voltar aqui amanhã. E sim, é sério.”
2::Defendendo seu empregador em uma discussão online
Embora seja o oposto da mancada número um, esta também pode ser desastrosa, mesmo que você tenha as melhores intenções.

Isso porque, mesmo que pense que o que está dizendo é correto, você não é um profissional de relações públicas, e o que você publicou pode ser errado ou até prejudicar a empresa. A gigante das redes Cisco Systems deixa claro, em sua política de mídias sociais, que os empregados não deverão se envolver em qualquer debate online sobre a empresa sem permissão específica.
“Quando um empregado vê algo negativo sobre a empresa, algumas vezes seu impulso é o de defender seu empregador, com o qual está perfeitamente satisfeito”, explicou Christopher Burgess, conselheiro sênior de segurança da Cisco. “Você não pode fazer isso com os 140 caracteres do Twitter. O que dizemos ao nosso pessoal é: deixe o pessoal de RP cuidar disso.”
3::Comentar questões privadas da empresa em fóruns públicos
Então sua empresa está para comprar outra e há rumores sobre demissões? Guarde essa informação para si. Publicar essa informação no Facebook ou no Twitter é quase tão ruim quanto falar à imprensa sobre o assunto. Mesmo que você pense estar falando apenas para pessoas próximas, não há como saber onde a informação irá parar, disse Eston.
“Mesmo se pertencer a um contexto geral, certas informações que poderiam ser confidenciais para uma empresa nunca deveriam ser discutidas.”
4::Mudar de identidade e fingir ser outra pessoa
Você sempre quer ser honesto sobre quem é. Retomando a regra que trata de falar sobre sua empresa, Burgess explicou que a política da Cisco também proíbe os empregados de disfarçar seu nome ou identidade para se envolver em debates sobre a empresa.
“A política estabelece claramente que o uso de um apelido (ou nome falso) é inaceitável”, disse. “Os empregados deveriam sempre deixar claro seu relacionamento com a empresa.”
5::Oferecer muita informação sobre sua vida pessoal e atividades de lazer
Eston, que costumava trabalhar com segurança em um grande banco, lembra-se de um caso em que muita informação no Twitter não apenas fez uma pessoa perder o emprego como a impediu de ser contratada.
O banco estava fazendo uma verificação de antecedentes sobre uma candidata a vaga e descobriu mais do que gostaria de saber.
“Ela tuitou sobre como esperava poder passar num teste de drogas, e a foto de seu perfil no Twitter a mostrava fumando maconha.”
6::Publicar fotos de gosto duvidoso
Talvez o maior exemplo deste tipo de mancada seja o caso envolvendo a líder de torcida americana Caitlyn Davis. Ela foi demitida da equipe de futebol americano New England Patriots depois que fotos no Facebook a mostraram empunhando uma caneta marcadora à frente de um homem aparentemente inconsciente, cuja pele estava coberta de desenhos e pichações - entre elas, duas suásticas.
As fotos e as informações pessoais que você publica podem não ser tão ofensivas, mas provavelmente é uma boa ideia mantê-las afastadas das redes sociais, assim como os comentários sobre sua vida pessoal que poderiam levar um empregador a fazer um julgamento negativo sobre você.
Quando usa redes sociais, você quer mostrar sua melhor imagem. Da próxima vez que postar alguma coisa, pergunte a si mesmo se é algo que qualquer um possa ver.
(Joan Goodchild)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Redes Sociais: sete brechas que podem colocar sua empresa em risco

Sites como Facebook e LinkedIn são fonte rica para invasores em busca de dados para golpes de engenharia social, aponta executivo de segurança. As redes sociais são uma rica fonte para hackers, que podem colher dados corporativos valiosos ou se infiltrar em redes empresariais, alertou um diretor de segurança da informação de uma grande empresa de trading.

“Os sites de redes sociais são uma verdadeira praga”, pelo menos da perspectiva de segurança corporativa, afirmou Alan Lustiger, diretor de segurança de informação da Gain Capital Holdings, durante a conferência The Security Standard 2010 esta semana, em Nova York (EUA).
Sete brechas
Eis as sete razões apontadas por Lustiger:

1 - A busca em sites sociais por nomes de empresas revela, mesmo que parcialmente, uma lista dos funcionários, o que já facilita bastante o trabalho de quem pretende explorar ataques de engenharia social.
2 - Endereços corporativos de e-mail publicados em sites sociais fornecem informação valiosa. Se o esquema de formação dos e-mails (inicial do primeiro nome e sobrenome, ou primeiro nome mais “sublinhado” e sobrenome) for o mesmo da senha, então a segurança estará comprometida. “Você estará a meio caminho de divulgar seu usuário e senha”, diz.
3 - Informações publicadas em sites sociais dão pistas para tentativas de adivinhação de senha – nomes de crianças, comida favorita, equipes esportivas, etc.
4 - Concursos falsos anunciados em sites sociais que exigem todo tipo de dado, e que poderiam ser usados para redefinir senhas: que escola você frequentou, nome de seu primeiro animal de estimação, seu tio favorito, entre outros.
5 - URLs encurtadas usadas frequentemente no Twitter podem levar a qualquer lugar - e a URL não lhe dá pista alguma de qual lugar seria esse.
6 - O garimpo de informação em quadros de avisos pode render notícias de vagas de TI em empresas dentro do alvo do invasor. Este, por sua vez, poderia se qualificar para uma entrevista e, nela, obter informações detalhadas sobre a rede corporativa no decorrer da discussão sobre o trabalho em potencial e sua esperiência com tecnologias específicas.
7 - O uso do GPS pelo Google Latitude torna público o local onde a pessoa está no momento,  revelando também todos os lugares onde ela não está. Pessoas que buscam um pretexto para entrar num prédio comercial poderiam usar esta informação para passar na empresa e pedir para falar com um empregado que sabidamente não estará lá.
Pé na empresa
Lustiger diz que tudo que os exploradores de engenharia social precisam é conseguir colocar um pé dentro da empresa, mesmo que seja na área da recepção. Basta que um deles entre, pergunte por alguém que não está lá, decida esperar e, então, peça à recepcionista para imprimir uma planilha que deveria ser levada à reunião com a pessoa que não está lá.

As recepcionistas, treinadas para serem solícitas, irão inserir um pen drive USB em seu computador para imprimir o documento. Ao mesmo tempo, na retaguarda, um malware estará plantando um backdoor, roubando dados ou liberando código destrutivo, diz o diretor – tudo sem deixar rastro.
Outros truques de engenharia social incluem conseguir qualquer vaga na empresa, dando ao invasor acesso interno às redes e mais tempo do que realmente precisariam para causar estrago. “Levaria minutos e não seria algo difícil de fazer”, diz.
Educar os empregados sobre os riscos é a melhor forma de bloquear vetores de ataque social, diz Lustiger. Relacionar essas medidas a suas vidas pessoais ajuda. “Por que um site web precisa saber sua data de aniversário?”, pergunta, apontando que a informação pode ser utilizada como um fator de identificação para mudar senhas ou roubar identidades. Ele tem uma data de nascimento falsa que utiliza para ajudar a protegê-lo contra roubo de identidade.
As recomendações de segurança física que os empregados deveriam seguir incluem não deixar que pessoas aproveitem a passagem por uma porta aberta depois que alguém a tenha destravado com um cartão, e pedir identificação a qualquer pessoa que não seja reconhecida como funcionário.
Quanto aos sites de redes sociais, as equipes de segurança corporativa deveriam promover a monitoração, mesmo que amostral, dos sites de rede social usados por seus funcionários em busca de informação que, tornada pública, poderia comprometer a segurança de ativos da empresa. “Os empregados estão colocando informação lá fora em seu próprio tempo livre”, diz.
Mesmo as empresas mais diligentes permanecem vulneráveis, afirma. “É virtualmente impossível defender-se contra um invasor de engenharia social realmente dedicado que tenha tempo suficiente”, diz.
(Tim Greene)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Disponível o tempo todo: etiqueta para a era da rede social

A importância de saber quando se desligar das redes em ambiente de trabalho
Getty Images
 
É preciso novas normas sociais para determinar a medida certa do uso das redes sociais
Depois de um longo dia no escritório, imagine entrar no Facebook para saber o que seus amigos têm feito e ler uma mensagem de seu chefe ou colega informando sobre um assunto urgente de trabalho. Além do fato de que você está oficialmente fora de serviço, é apropriado que seu colega entre em contato com você por meio de um fórum de rede social? Foi prudente aceitar um colega ou um superior como "amigo" para começo de conversa? E, talvez mais importante, nesse dia e era em que as pessoas aparentemente estão disponíveis 24 horas por dia por causa dos smartphones e de nosso insaciável apetite por tudo que for online, está alguém realmente "fora de serviço"?
À medida que o acesso ao Facebook, Twitter e Blackberry de 24 horas apaga as linhas entre as vidas profissionais e pessoais, os gerentes e os funcionários lutam para desenvolver novas normas sociais que os orientem pela evolução da tecnologia das comunicações em andamento. A faculdade de administração Wharton e outros especialistas dizem que o processo de criar regras para lidar com o alcance cada vez maior das comunicações modernas está só no começo, mas será moldado em grande parte pelos indivíduos e as organizações, e não pelas regras ditadas de cima para baixo por um manual de etiquetas digital. O modo como cada geração vê a exposição na internet será também um fator para se alcançar o entendimento comum de quando é conveniente entrar em contato com os colegas, superiores ou clientes.
"A nova mídia social suscita grandes questões de etiqueta, especialmente da interatividade", disse Nancy Rothbard, professora de administração da Wharton. "E se seu chefe quiser ser seu amigo no Facebook? Isso é um dilema. Como você vai aceitar esse amigo? E se vocês forem realmente amigos?".
Segundo Nancy, as novas tecnologias de comunicações estão eliminando as fronteiras entre casa e escritório, o que cria uma "espada de dois gumes" para as empresas. "Por um lado, possibilita a flexibilidade. De algumas formas, o funcionários pode ser mais eficiente. Mas também pode produzir esgotamento. No longo prazo, pode gerar conflito entre como a pessoa se sente em relação a suas outras posições na vida real e sua capacidade de estar presente integralmente no domínio de qualquer pessoa".
Um Blackberry, por exemplo, pode permitir que os pais assistam aos jogos de futebol dos filhos enquanto permanecem em contato com os colegas no escritório no caso de surgir uma emergência. Mas, ela acrescenta, "você tem o Blackberry no jogo de futebol de seu filho, e essa é outra linha que você pode estar cruzando".
Com a explosão de popularidade, o Facebook passou a ser um campo de batalha fundamental no esforço para estabelecer o comportamento correto na rede social que seja de comum acordo. Nancy observa que no início muitas pessoas tentaram usar o LinkedIn para fazer contatos de negócios, reservando o Facebook para interações mais pessoais. Gradualmente, no entanto, os colegas profissionais, os clientes e os supervisores tornaram-se agora "amigos".
Andrea Matwyshyn, professora de estudos legais e de ética nos negócios da Wharton, tinha a intenção de manter sua página no Facebook estritamente pessoal, mas foi obrigada a deixá-la aberta quando os colegas na Europa decidiram usar o Facebook como um meio para organizar uma conferência. Por meio desse grupo inicial de amigos profissionais, outros contatos de negócios começaram a chegar para Andrea no Facebook. "Senti pressão para desenvolver minha rede social, porque naquele ponto tinha três amigos", ela disse. "É dessa forma que o Facebook pega você".
Múltiplas identidades
A maior parte das pessoas que freqüenta o Facebook e outros sites de rede social, diz Patricia Willians, professora de marketing da Wharton, "está ciente dos vários papéis que representamos. Temos uma identidade para nossos amigos, outra para nossas famílias e uma profissional. O aspecto interessante é como nos sentimos à vontade desempenhando todos esses papéis ao mesmo tempo". E isso é uma coisa que as pessoas não estão acostumadas a fazer. Antes do surgimento dessas redes, era raro alguém ter uma imagem que fosse familiar para os amigos, para os colegas de trabalho e para a família - tudo ao mesmo tempo.
"Ouvi pessoas dizerem que o Facebook é para amigos pessoais e o LinkedIn para os contatos profissionais", observa Patricia. "Mas muitos de meus amigos no Facebook são meus colegas - pessoas que trabalham no mesmo andar - e não tenho problemas com isso. Sinto, contudo, certo desconforto que alguns de meus amigos no Facebook sejam meus alunos, porque isso lhes dá acesso à minha individualidade que normalmente não está disponível para eles". 
Ao mesmo tempo, os alunos de Patricia, especialmente os de graduação, ainda não desenvolveram um senso de imagem profissional. Consequentemente, ela acredita, eles podem ser menos cautelosos com a imagem que projetam nas redes sociais, mesmo quando podem estar visíveis para seus chefes, clientes, ou professores.
Patricia e um colega, Americus Reed II, professor de marketing da Wharton, estão conduzindo uma pesquisa que examina o conflito entre as várias identidades dos indivíduos, "como quando meu papel como profissional entra em conflito com meu papel de mãe", diz Williams. Quando misturam os papéis pessoais e profissionais, as pessoas podem entrar em situações embaraçosas. "Creio que algumas pessoas conseguem, e outras não conseguem, encontrar um equilíbrio nesses papéis" e manter as informações que serão percebidas como muito pessoais fora do contexto profissional.
Os conflitos no local de trabalho surgiram também em empresas onde os gerentes têm limitado ou banido o Facebook por ser uma distração e visitado as páginas pessoais dos subordinados em busca de imagens e comentários que possam prejudicar os negócios. Ao mesmo tempo, Andrea diz que algumas empresas pedem para os funcionários manter blogs ou enviar mensagens pelo Twitter como uma forma de promover a empresa. A Microsoft, ela observa, incentiva os funcionários a entrarem na rede social durante o expediente. "Tudo depende de como as pessoas usam a mídia social. Para algumas pessoas, o Twitter pode ser uma grande máquina de expansão dos negócios, e postar mensagens no Twitter pode ser considerado por algumas empresas ou indivíduos como parte do trabalho". A rede social pode ajudar a personalizar ou humanizar uma cultura de negócios, e muitas empresas têm suas próprias páginas no Facebook, ela acrescenta.
Conflitos de gerações
Os pesquisadores dos meios de comunicação, e as empresas que procuram por eles em busca de conselho, têm muito a aprender sobre como ou se os patrões devem controlar ou estimular o uso de redes sociais por parte de seus funcionários, segundo Patricia. Certamente, pode-se considerar que escrever sobre o local de trabalho no Facebook corresponde a "expor a marca", o que pode ser bom ou mal, dependendo de qual aspecto da marca está sendo exposto. "Então, a questão é se isso é útil ou prejudicial para o local de trabalho ou para a marca".
Monica McGrath, professora assistente de administração da Wharton, diz que parte do mal entendido que envolve a rede social deriva do conflito de gerações. Os trabalhadores e os gerentes mais velhos podem ter uma página no Facebook, mas isso não é essencial para eles. Os trabalhadores mais jovens e recém chegados ao mundo corporativo recorrem intensamente ao Facebook, Twitter e a outras mídias sociais para se comunicarem. "Nesse momento, há tensão entre as atitudes dessas duas gerações", observa Monica.
Enquanto a etiqueta na rede social estiver em fluxo, as normas serão desenvolvidas, ela prevê. Normalmente, as normas de negócios evoluem por meio da política oficial disseminada pelas organizações e pela "realidade" que salta das bases. "A questão é: O quanto você quer estar acessível? Hoje, os jovens querem ser bastante acessíveis, e espera-se que os funcionários estejam disponíveis 24 horas numa corporação internacional. As zonas horárias nada significam. As normas continuarão sendo desenvolvidas baseadas na liderança de cada geração".
Enquanto as normas estiverem em transição, Monica não acredita que as corporações tentarão criar padrões por meio das políticas oficiais. "Realmente depende do contexto corporativo ou mesmo do contexto individual. Se estiver trabalhando num projeto importante e uma série de pessoas depende de suas informações, pode querer estar mais disponível do que se tivesse terminado o projeto e estivesse em férias. A etiqueta depende, nesse caso, mais do indivíduo e de suas prioridades".
Monica, que também é consultora de recursos humanos, diz que ela, como a maioria das pessoas empreendedoras, está normalmente disponível 24 horas. Mas "desde que não haja nada de importante" ela desliga o telefone. "As pessoas têm de determinar o que faz sentido. Se o chefe estiver acordado à meia-noite enviando mensagens de e-mail, algumas pessoas aceitam isso, mas outras não. Se você coloca sua família em primeiro lugar, você tem de dar um jeito nisso".
A consultora de negócios Terri Thompson, fundadora do site Etiquette in Action, sediado em Paris, Kentucky, diz que o mesmo conceito se aplica ao controle do alcance das redes sociais. Ter cautela nas amizades é uma forma de impedir que uma página do Facebook se torne um risco para os negócios, ela acrescenta. "Não chega a impressionar ter 500 amigos no Facebook ou no LinkedIn que você não conhece, e não sabe o que eles podem dizer'.
O uso dos Blackbrerry nas reuniões
Sigal Barsade, professora de administração da Wharton, diz que essas incertezas que cercam a etiqueta da acessibilidade derivam das mudanças fundamentais que as tecnologias mediadas pela informática fizeram na comunicação humana básica. Boa parte da confusão se deve à incapacidade der ter uma conversa recíproca no contexto das postagens no Twitter ou no Facebook. "Então é difícil saber exatamente qual deve ser a etiqueta no momento, porque é sequencial. A brevidade e a falta de riqueza dessas tecnologias baseadas na informática tornam difícil se comportar da maneira que as pessoas estão habituadas".
Ela diz que há provavelmente dois importantes caminhos para desenvolver a etiqueta para as novas formas de comunicação de hoje. Uma é pelo ingresso de novas pessoas nas organizações que levam com elas normas que gradualmente se tornam aceitáveis. Por exemplo, ela se lembra de um aluno que havia trabalhado num banco de investimentos em Nova York e que foi transferido para um escritório no Meio-Oeste. Durante uma reunião com um diretor, ele cometeu o erro de atender seu Blackberry. O diretor censurou o recém chegado, que ficou surpreso porque seu diretor em Nova York sempre atendia o Blackberry durante as reuniões. Por agora, diz Barsade, os costumes do Meio-Oeste vão prevalecer nesse cenário, mas à medida que pessoas de outras organizações entrarem, a subcultura do escritório poderá mudar.
O outro caminho é provavelmente a evolução por meio da informação social dentro da organização. "As pessoas influenciam umas às outras", ela diz. Os determinantes mais importantes de socialização em qualquer organização são os modelos de vida administrativa. Os funcionários observam os diretores do primeiro escalão e seus supervisores imediatos para saber o que é aceitável e, melhor ainda, gratificado na organização. Isso tem mais força do que os editais corporativos emitidos pelo departamento de recursos humanos, e é até mais poderoso quando os líderes mais graduados e os diretores de operações atuam em sincronia. "Se isso for importante para os diretores de nível sênior, será um processo de cima para baixo, que pode ser mais sistemático e eficiente do que um processo de baixo para cima", ela observa.
Se tivessem esse poder de influência, os gerentes não poderiam exigir acesso pleno, o tempo todo? Não necessariamente, diz Barsade: "A alta diretoria reconhece cada vez mais a desvantagem da disponibilidade constante, e pode muito bem ter de controlar o uso da tecnologia. Isso pode ser visto nas empresas que tem dias, ou tempos de dias, em que os funcionários são solicitados a não usar a tecnologia mediada pela informática. Além disso, a alta diretoria terá de tomar medidas para garantir que será o objeto do acesso, o que pode ser um problema por si mesmo".
Comunicação pela ordem de importância
Segundo a consultora Terri Thompson, há uma ordem de importância geral na comunidade de negócios no que se refere a responder a diferentes formas de comunicação. As mensagens de e-mail devem ser respondidas dentro de 24 horas e uma ligação telefônica deve ser retornada ainda mais cedo. Os sites de rede social têm a menor prioridade. A ordem faz sentido porque uma ligação telefônica ou e-mail buscam informações específicas do indivíduo que está sendo contatado. As redes sociais vêm por último porque, ela observa, elas são um fórum aberto onde as comunicações estão menos direcionadas para um indivíduo.
Então há a questão do colega profissional no Facebook que, embora aguarde ansioso pela resposta de uma entrega relacionada ao trabalho, nota que o colega esteve ocupado atualizando sua página no Facebook com notícias de interesse social. É apropriado citar alguém por essa aparente falta de compromisso com o dever? Novamente, tudo se resume ao contexto, diz Patricia Williams. "Eu posso me imaginar numa situação onde talvez necessite dar um tempo e desabafar dizendo alguma coisa no Facebook".
Nancy Rothbard observa que o próprio Facebook não assumirá a função de estabelecer normas para resolver os conflitos entre negócios e amizades pessoais. "Não sei se o Facebook quer ser um manual de etiqueta", ela diz. Os sites de redes sociais podem enfatizar as opções que permitem aos usuários ou às organizações criarem suas próprias normas para lidar com os problemas que podem surgir quando se mistura as comunicações de negócios com as pessoais, ela sugere.
Andrea Matwyshyn não espera que outro site evolua como um substituto para o espaço pessoal que outrora definia o Facebook antes de ser invadido pelos usuários empresariais e profissionais. "Se você tem 500 amigos no Facebook, esse é um custo incorrido", ela diz. "Se você parar de acessar o Facebook, estará eliminando 500 conexões e os custos de troca são altos. Portanto, o uso da aplicação passa a ser tolerado".
Enquanto isso, a causa de muitas das situações embaraçosas ligadas ao uso do Facebook e de outros sites de redes sociais é passar informações demais, enfatiza a faculdade Wharton. Nancy diz que nas comunicações frente a frente, as pessoas têm mais cuidado com o volume e a natureza das informações que revelam. Na internet, contudo, "As pessoas não sabem, por falta de atenção, quem estará recebendo as informações".  Alguém que usa o Twitter, por exemplo, pode pensar que só 20 pessoas vão ler a mensagem, embora milhões de desconhecidos possam ler sem querer a informação. Andrea concorda que os usuários de sites de redes sociais devem estar mais atentos para a natureza viral de suas postagens, especialmente num contexto onde o trabalho e a vida social estejam entrelaçados. "Eles têm de levar em conta as consequências potencialmente negativas decorrentes dos colegas de trabalho saberem mais sobre você do que seria prudente", concluiu Andrea.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O perigo que vem das redes sociais


Engenharia Social. O nome é até bonito, mas está entre os maiores problemas das áreas de TI. O termo preocupa os CIOs, pois trata-se de práticas de má índole utilizadas para obter acesso a dados importantes, realizar invasões e até roubos de identidades. Com o avanço das redes sociais, a prática ficou ainda mais freqüente, pois a atividade utiliza a interação humana e desenvolve a habilidade de enganar pessoas com o objetivo de violar os procedimentos de segurança dos sistemas computacionais.

Um estudo da IBM no mercado confirma que as redes sociais já são acessadas no trabalho para prover a interação entre empresas, clientes e parceiros de negócios. A mesma pesquisa apontou que até 2012 o número de internautas em redes sociais ultrapassará 800 milhões. Vai ficar cada vez mais difícil para uma companhia acompanhar todo o conteúdo que entra e sai da sua rede.

Nesse cenário é fácil observar que o perigo proporcionado pelas redes sociais na verdade pode ter origem dentro da própria empresa. A colaboração online praticada pelos funcionários, mesmo sem intenção, pode deixar a TI em maus lençóis, e os problemas vão além de simples ataques. A má prática do relacionamento na web deixa a segurança mais vulnerável, colocando em risco as redes, os dados e até a imagem corporativa.

Na mesma vertente os vírus e os malwares crescem vertiginosamente. Uma pessoa mal intencionada coloca o post de uma mensagem em qualquer uma das redes sociais que um funcionário acessa e pronto, basta um clique para que sua rede esteja afetada. O hacker dificilmente tem um alvo, mas ele pode mandar mil mensagens de phishing e um colaborador da sua empresa ser a vítima. Esses links podem levá-lo para uma página falsa, mas muito parecida com a home de uma instituição séria no mercado. Por meio de um formulário os golpistas pedem a confirmação de dados pessoais, números de contas bancárias, senhas, CPF e por aí vai.  Outro erro das companhias é achar que um funcionário nunca será tão inocente ao ponto de clicar em um link desses, mas acreditem, muitas organizações sofrem com isso.

Recentemente um vírus conhecido como “Kneber Botnet” atingiu contas de usuários em populares sites de redes sociais e infectou quase 75 mil máquinas em 2.500 organizações no mundo. O viral reunia dados de login de sistemas financeiros online, redes sociais e emails, transmitindo-os para os golpistas. Fatos como esse, causam danos a toda a organização, desde a área financeira até o próprio relacionamento entre empresa e funcionário. Como você vai garantir que ele não irá acessar um ambiente virtual contaminado?

Outro problema que causa maior grau de risco é a conhecida “senha fraca” ou padronizada. Muitas pessoas ainda utilizam números seqüenciais entre um e seis, nome do pai ou da mãe e, muitas vezes, escolhe uma única senha para acessar tudo, desde contas do banco até os logins de redes sociais, demorando anos para trocá-las por outras. Com algumas tentativas baseadas em informações que o próprio usuário deixou em sites de relacionamentos, o hacker consegue a invasão facilmente.

Sabemos que a maneira mais eficaz de prevenir os ataques é proibindo o acesso a toda essa interatividade, mas a realidade não é essa. Na outra ponta da questão temos os benefícios proporcionados por esses meios.  Para as empresas as redes sociais se tornaram uma forma de comunicação facilitada com o cliente, dinâmica, criativa de difundir sua marca, levantar novos contatos e até criar novos produtos por meio da participação de pessoas na rede. Mas se não dá pra proibir, o jeito então é prover-se de ferramentas que possam amenizar os riscos.

O IPS, Intrusion Prevention Systems, está entre as soluções que podem auxiliar as empresas nesse trabalho, pois bloqueia os ataques. A ferramenta é instalada nos perímetros da rede e inspeciona o tráfego de dados, bloqueando as ameaças identificadas.

Outra ferramenta viável é o Filtro Web, que protege o ambiente de TI contra acessos de usuários internos e conteúdo indesejado. São as companhias que definem uma lista de sites que podem ter o conteúdo bloqueado e aqueles que podem ser liberados.

Firewalls também são boas opções. Como mecanismos de defesa, atuam em um computador ou rede evitando que perigos vindos da internet se espalhem na rede interna. Como uma espécie de funil, ele controla todo o tráfego que passa no ambiente interno tendo a certeza de que não é prejudicial.

Por fim, uma ferramenta muito útil nesse cenário é o DLP (Data Loss Prevention) que são ferramentas capazes de analisar a comunicação web com o intuito de combater o vazamento de informações, buscando por dados corporativos sendo postados nas redes sociais.

É preciso lembrar, porém, que de nada irá adiantar as ferramentas protetoras se a empresa não tiver uma política de segurança da informação. Os colaboradores precisam ser treinados e orientados de como se comportar nesses ambientes virtuais. Mais uma vez, proibir não é o melhor remédio, mas com uma boa orientação os problemas podem ser amenizados.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Redes sociais

Veja como manter a privacidade nas comunidades virtuais e a forma adequada de utilizá-las a seu favor
Por: Marina Pastor
Antes utilizadas apenas para entretenimento, as redes sociais serviam para entrar em contato com os amigos e também para “investigar” a vida alheia. Mas, este cenário mudou e o Facebook, Twitter e Orkut também passaram a ser alvo dos empregadores e profissionais de RH, que utilizam estes sites para analisar os perfis de possíveis candidatos ou até mesmo para monitorar seus funcionários. 


Muitas pessoas podem considerar como uma invasão de privacidade ter seu perfil pesquisado pelas empresas. No entanto, para o coach e vice-presidente da Top Executives Net, rede social focada no segmento corporativo, Octavio Pitaluga Neto, não se trata disso. “Foi o próprio usuário que postou o conteúdo. As pessoas têm a opção de deixar as informações como privadas, mas se escolheram deixar públicas, elas estão sujeitas a isso”, afirma.
“A liberdade de expressão está garantida pela Constituição Federal, mas o excesso da liberdade de expressão é punido tanto pelo Código Civil como pelo Código Penal. Podemos publicar o que pensamos, mas respondemos pelo que postamos”, adverte Patricia Peck Pinheiro, advogada especialista em Direito Digital autora do livro “Direito Digital”.
Tropeços virtuais
Cometer uma gafe na internet muitas vezes pode custar caro. No caso de candidatos a uma vaga de emprego, por exemplo, ter uma comunidade que diz “odeio trabalhar” ou postar fotos comprometedoras em sua página da internet podem minar as chances de ser contratado ou até mesmo de participar de um processo seletivo.
E quem já está empregado também não escapa de ser monitorado. Criticar a empresa em que se está trabalhando, falar mal de colegas ou clientes e o excesso de exposição da imagem são alguns dos problemas que podem gerar demissão por justa causa.


“Hoje as empresas estão mais rigorosas, com aplicação de ética e princípios de governança corporativa. E algo publicado na internet se torna de conhecimento público, não dá mais para fazer ‘vista grossa’ e o envolvido quase sempre perde o emprego”, diz a advogada.
Pitaluga apresenta uma solução para evitar que as empresas se envolvam em escândalos cibernéticos por conta de atitudes dos funcionários: definir um líder-coach especializado em redes de relacionamento e realizar um treinamento com a equipe. Segundo ele, a Companhia pode orientá-los sobre como se apresentar nas redes sociais.
Utilizando as redes sociais a seu favor
Para conseguir bons resultados no campo profissional nas redes sociais, Pitaluga sugere adotar um posicionamento claro na internet, sendo criterioso e seletivo. É preciso ter em mente quem você é, o que faz de bom e oferece de valor. Se a intenção é arranjar um emprego ou alavancar a carreira, é aconselhável focar o conteúdo das comunidades virtuais no trabalho, evitando expor a vida pessoal.
Caso o profissional queira impressionar possíveis recrutadores através de seu perfil on-line, o coach apresenta algumas sugestões:
- manter uma rede de contatos razoável (quanto mais, melhor), pois estes candidatos podem representar uma oportunidade de negócio para a empresa;
- colocar informações sobre a atividade profissional que exerce;
- evitar a divulgação de material que possa prejudicá-lo, tais como brincadeiras e fotos comprometedoras.
Redes sociais para “turbinar” sua carreira ou a empresa:
LinkedIn: é uma rede social direcionada para contatos profissionais. O perfil do usuário traz informações sobre seus conhecimentos e realizações na carreira. Para as empresas, pode representar uma boa oportunidade para recrutar funcionários ou para entrar em contato com clientes e fornecedores de serviços.
Indica: assim como o LinkedIn, é uma rede de contatos profissionais, porém oferece a possibilidade de usuários indicarem pessoas para concorrer às vagas das empresas. Também pode recompensar os “indicadores” que fizerem boas recomendações. O grande benefício deste site para as organizações é que ele permite anunciar vagas, aplicar testes on-line e fazer uma pré-seleção dos candidatos.
Viadeo: permite anunciar vagas, encontrar clientes e especialistas no setor, além de propiciar o encontro com antigos colegas de trabalho ou de escola.
Twitter: o microblog permite postar apenas mensagens com até 140 caracteres. Cada vez mais as empresas têm utilizado esta ferramenta para fazer contato direto com os clientes. Os profissionais também podem fazer o uso do site para divulgar seu trabalho e suas ideias.
Facebook e Orkut: são os dois sites que mais reúnem usuários brasileiros. O intuito principal é o de trocar mensagens entre amigos. Embora não tenham caráter profissional, é bom ser cuidadoso com as informações postadas nestas redes sociais, pois um recrutador pode estar de olho nelas. As empresas, por sua vez, podem utilizar estas comunidades virtuais para divulgar seus produtos e serviços.

Entrevistados:
Octavio Pitaluga Neto
- Vice-presidente da rede de relacionamento Top Executives Net, focada no segmento corporativo.
- Coach internacional de negócios, palestrante, treinador, business networker.
- Colunista do Clube do Vendedor (http://www.clubedovendedor.com.br).
- Atuou como diretor do Ecademy, plataforma de business networking para o Brasil e América Latina.
- Trabalhou na Grupo Tele2 Europe, 3C Communications, Seara Alimentos (Grupo Cargill) e Kanematsu do Brasil.
- Possui MBA/MBI pela RSM Erasmus University (Holanda) e especialização em Comércio Exterior pela UFRJ/ECEX.
Contato:
http://www.topexecutivesnet.com

Patricia Peck Pinheiro
- Advogada especialista em Direito Digital, sócia fundadora do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados (PPP Advogados).
- Formada pela Universidade de São Paulo, com especialização em negócios pela Harvard Business School, MBA em marketing pela Madia Marketing School.
- É autora do livro “Direito Digital”, co-autora do audiolivro e do pocket book “Direito Digital no Dia-a-Dia”, e também co-autora do audiobook “Eleições Digitais”.
- Colunista do Conta Corrente da Globonews, do IDG Now e articulista do Valor Econômico, Revista Visão Jurídica, Revista Partner Sales, entre outros.
- Ministra aulas na pós-graduação do Senac-SP, Impacta, IBTA, Fatec-SP, assim como realiza treinamentos in company para diversas empresas.
Contato:
www.pppadvogados.com.br

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Rival do Facebook será lançado em 15 de setembro

Rival do Facebook será lançado em 15 de setembro

Projeto open source, que já conseguiu levantar mais de 200.000 dólares, teve colaboração até de Mark Zuckerberg

De acordo com os desenvolvedores da rede social Diaspora, o site de relacionamentos será lançado em 15 de setembro. O projeto open source, que promete fornecer aos usuários maior controle sobre o que é compartilhado na rede, ganhou notoriedade após as fortes críticas em relação às configurações de privacidade do Facebook.

Criada por quatro estudantes da Universidade de Nova York, a Diaspora conseguiu levantar mais de 200.000 dólares em doações de 6.500 pessoas e entre seus colaboradores, de acordo com a BBC News, estaria até Mark Zuckerberg.

Embora o site seja a nova promessa no mundo das redes sociais, não será nada fácil desbancar o Facebook que recentemente alcançou a marca de 500  milhões de usuários e está avaliado em 33 bilhões de dólares.