sexta-feira, 29 de abril de 2011

O papel das redes sociais na visão de Nicholas Christakis

Especialista em redes sociais, o professor de Harvard acredita na forte influência delas na vida das pessoas




 
A segunda edição da CICI 2011 vai apresentar a palestra "Conectados: a influência oculta das redes sociais", ministrada pelo médico, professor da Universidade de Harvard e especialista em redes sociais, Nicholas Christakis.

Além deste tema, Christakis falará também sobre o best-seller "Connected: o poder das conexões" (2009) em que assina a coautoria com James Fowler.

Segundo o especialista, uma pessoa recebe e exerce influência sobre seus amigos, que por sua vez têm amigos também. Sendo assim, as ações podem influenciar pessoas que não se conhecem. Foi assim que Christakis começou a perceber a relação entre as redes sociais e o comportamento das pessoas que participavam delas. Além disso, começou a estudar de que maneira os sentimentos e emoções coletivos influenciam, positiva e negativamente, as pessoas em volta.

No início Christakis e o companheiro de pesquisas, Fowler, começaram estudando vários efeitos das redes sobre a saúde. "Descobrimos que se o amigo do amigo de seu amigo ganhou peso, você ganhou peso; se o amigo do amigo de seu amigo parou de fumar, você parou de fumar; se o amigo do amigo de seu amigo tornou-se feliz, você tornou-se feliz", explica.

Efeito - Essa dinâmica, para Christakis, mostra como a saúde de uma pessoa pode influenciar a saúde da sociedade e vice-versa. Ele revela também que opiniões, ideias e concepções não são individuais e que o comportamento humano é coletivo, ao menos dentro do círculo social de convívio. "Por isso existem grupos de pessoas mais alegres, com um humor sempre bom", exemplifica o autor.

Assim é o vínculo entre as pessoas que torna o todo maior, somando as partes e fazendo com que surjam as redes, como afirma: "E isso não é apenas o que está acontecendo com essas pessoas que estão perdendo ou ganhando peso, ou tornando-se ricas ou pobres, ou tornando-se felizes ou infelizes. Isso nos afeta. É também a própria arquitetura dos laços que nos rodeiam. A nossa experiência do mundo depende da própria estrutura das redes em que estamos e que residem sobre os tipos de coisas que navegam e fluem por meio da rede" finaliza.
 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Você Sabia que acentos em mensagens SMS aumentam o número de caracteres da mesma?



 
Você escreve bastante torpedos todos os dias, mas estranha que sua operadora anda cobrando “em dobro” pelas mensagens, mesmo você enviando somente uma a cada vez? Pois saiba que o culpado deste aumento imprevisto na fatura pode ser os acentos que você usa nas palavras.

Uma mensagem SMS possui um limite de 160 caracteres; se você mandar mais que isso, a operadora irá dividi-la automaticamente em dois (ou mais) torpedos, sem nenhum aviso ou autorização. Por isso, o controle do número de letras deve ser do próprio usuário.

Desde o iOS 4, o iPhone traz incorporada a prática função de contagem de caracteres. Isso é muito útil para sabermos o quanto ainda podemos escrever, e ao mesmo tempo nos alerta de um detalhe importante: letras acentuadas ocupam mais espaços na mensagem do que os olhos veem.

Isso porque o sistema usa códigos adicionais para indicar que um caracter leva acento. Devido a isso, ao acentuar uma palavra é possível perceber que o limite disponível cai de 160 para 70, ou seja, menos da metade. Esta é a razão dos mais distraídos acabarem enviando duas mensagens no lugar de uma.

 


Isso não acontece apenas com o iPhone, é um “problema” do próprio sistema atual de SMS e portanto ele atinge todos os smartphones.
Curiosamente, a letra acentuada “é” não altera o número máximo do contador. Bug ou feature?
A dica é procurar não acentuar seus torpedos, ou quando o fizer, ter controle do limite de caracteres escritos na mensagem.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PageRank é tudo… e outros mitos sobre SEO

Derrube mitos e aplique melhor as boas práticas para manter um projeto de SEO com qualidade. Trabalhe certo para alcançar os melhores resultados junto aos buscadores.
Por Guilherme Grillo

 
Produzir uma página otimizada e tornar a vida dos spiders dos buscadores mais fácil é o que se chama de SEO, quebra-cabeça onde diversos itens ainda são pouco claros e recheados de mitos. Vamos ver alguns.

PageRank é tudo

As pessoas tendem a acreditar que o sucesso de sua página depende apenas do PageRank do Google, quando na verdade ninguém, nem mesmo o valor do PageRank, pode garantir o posicionamento nas SERP – Search Engine Results Page ou Página de Resultados dos Motores de Busca. O PageRank é um fator importante, mas não é único, tenha isso em mente.

SEO se resume às meta-keywords


SEO vai muito além das meta-keywords! Há muito tempo, o Google utilizava esse recurso para definir o conteúdo das páginas. Isso fez com que muitas pessoas colocassem palavras com alto volume de buscas em páginas sem nenhuma relação com essas.

O Google percebeu essa artimanha, fez uma atualização em seu algoritmo e tornou praticamente irrelevante o uso desta meta-tag para a indexação das páginas. As keywords são importantes, mas devem ser utilizadas no meio do texto e de forma inteligente. Não adianta encher o texto de palavras-chave, pois o conteúdo deve ser relevante como um todo. Leia os posts sobre Pequeno guia para produzir conteúdo otimizado e SEO Copywriting.

Não precisa briefing nem planejamento

SEO envolve técnicas relacionadas à várias áreas como criação, redação, tecnologia, planejamento e até mesmo o atendimento ao cliente. Então, como algo que envolve tantas áreas não precisa de briefing nem planejamento? Essas análises e muita conversa são importantes para um projeto de qualidade, pois o ideal é definir tudo corretamente ainda nessa etapa inicial. SEO não é um trabalho para depois. Pode até ser feito depois, mas garanto: é muito mais fácil se for modelado antes.

SEO se resolve apenas com tecnologia

A tecnologia é muito importante e faz parte de um quebra-cabeça chamado SEO, entretanto é apenas uma das peças. Achar que a tecnologia pode resolver tudo é um grande engano. Produzir uma página otimizada e tornar a vida dos spiders dos buscadores mais fácil faz parte do processo de programação. É imprescindível utilizar as tags corretamente, fazer um código limpo e leve, otimizar as imagens e vídeos, etc. Porém, nada adiantará se não houver conteúdo ou se o conteúdo for disponibilizado incorretamente e com isso, obrigue a utilização de técnicas de programação que impeçam os robôs (crawlers) de fazer o trabalho deles.

Flash atrapalha o processo de SEO

Os buscadores ainda têm muita dificuldade em indexar sites feitos totalmente em Flash. Com certeza é mais seguro produzir os conteúdos mais importantes em HTML e utilizar os links simples, mas isso não significa que o Flash não é permitido. Apenas recomenda-se utilizá-lo em ferramentas ou em lugares menos importantes e mesmo nesses lugares é possível aplicar uma técnica de reposição (noscript) para substituir o conteúdo em Flash.  
 
Então a dica é: Flash? Use com moderação.

SEO vs. SEM (links patrocinados)

SEO não é concorrente dos links patrocinados, são coisas completamente diferentes. O SEO trabalha a longo prazo e o SEM trabalha a curto prazo. Se possível, utilize os dois em parceria e os resultados serão bem melhores. Leia mais no post Estratégia de Marketing: SEO + SEM + SMO.

Offline não faz parte de SEO


Esta pouca gente se lembra ou então simplesmente acha que não faz parte mesmo. Outro engano! Offline faz parte sim de SEO. Segundo dados da iProspect, aproximadamente 67% dos usuários de buscadores online são originados de canais offline (dentre estes, TV com 37% e o “boca a boca” com 36% são os canais que mais levam usuários aos buscadores) e 40% dos usuários que buscam online, influenciados por canais offline realizam a compra. Ou seja, por meio da busca você pode ampliar a cobertura das suas campanhas online e/ou offline.

Dica: use a mesma linguagem porque às vezes a pessoa não se lembra de quem era a propaganda, mas se recorda da palavra-chave – e se o seu site estiver em sintonia com o canal offline, ela o encontrará por meio do buscador.

Fonte: [Webinsider]

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Europa: Um quarto das crianças está nas redes sociais sem proteção


Ao definirem o perfil como público ficam mais vulneráveis a práticas de assédio e aliciamento
Por Sílvia Caneco
 

Um quarto das crianças registradas em redes sociais como o Facebook ou o Hi5 definiram o seu perfil como público: ou seja, os dados do perfil podem ser vistos por qualquer pessoa que clique no seu nome na rede. Um quinto dessas crianças cujo perfil está publicamente disponível indicam dados tão privados como a sua morada e o seu número de telefone.

Os dados, resultantes de um inquérito realizado para a Comissão Europeia junto de 25 mil jovens de 25 países europeus, levam os responsáveis pela Agenda Digital para a Europa a reforçar a urgência de tornar as redes sociais mais seguras e a exigir àquelas empresas que restrinjam o acesso aos perfis dos menores.

"Todas as empresas de redes sociais devem, de imediato, predefinir os perfis dos menores de modo a que fiquem acessíveis apenas para uma lista aprovada de contatos e fora do alcance dos motores de pesquisa. As empresas que ainda não assinaram os princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE devem fazê-lo sem demora, a fim de garantir a segurança das nossas crianças", sublinhou, a propósito do estudo, Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela Agenda Digital para a Europa.

Uma vez que as crianças que utilizam as redes sociais são cada vez mais novas e "muitas não tomam as precauções necessárias para se protegerem", Neelie Kroes acredita que a primeira solução para evitar que essas crianças fiquem vulneráveis a práticas de assédio e aliciamento passa pelas empresas de redes sociais, que devem ter responsabilidade na ocultação dos perfis dos menores.

A Comissão Européia está desde 2009 acompanhando a aplicação dos princípios para tornar as redes sociais mais seguras na União Européia. No acordo de auto-regulação, as empresas de redes sociais comprometem-se a aplicar medidas para garantir a segurança dos menores, mas os resultados do inquérito mostram que há redes sociais tão populares como o Facebook ou o MySpace que ainda não aplicaram aqueles princípios de segurança. Perante esses dados, a Comissão Europeia decidiu lançar uma avaliação dos actuais acordos de auto-regulação das empresas nesta área.

Todos em (na) Rede O estudo publicado pela rede EUKidsOnline revela que 77% dos jovens dos 13 aos 16 anos e 38% das crianças dos 9 aos 12 anos têm um perfil registado numa rede social. França é o país em que a percentagem das crianças dos nove aos 12 na rede é menor - 25% - enquanto os Países Baixos lideram a lista, com 70% a admitirem ter um perfil registado.

São as crianças dos nove aos 12 os que menos têm preocupações de privacidade na rede: em 15 dos 25 países, a percentagem de crianças dessas idades com perfis públicos é superior à dos jovens dos 13 aos 16 anos. E se mais de três quartos (78%) dos jovens dos 15 aos 16 dizem saber como mudar os parâmetros de privacidade, apenas 56% dos jovens com 11 e 12 anos sabem como alterar o seu perfil.

A média das crianças dos 9 aos 12 anos que têm mais de cem amigos na rede social situa-se nos 15%, mas a porcentagem triplica entre as crianças húngaras: 47% afirmam ter mais de cem contatos no seu perfil. A porcentagem dos 13 aos 16 anos belgas, dinamarqueses, gregos, húngaros, italianos, neerlandeses, noruegueses, poloneses, suecos e britânicos com mais de 100 contatos é superior a dos jovens dos restantes países. 

Facebook cria página com dicas de segurança para pais e professores

Além de segurança, a rede social também melhorou a ferramenta para reportagem de conteúdo inapropriado
O Facebook ontem (terça-feira, 19 de abril), uma página especial de orientação para seus usuários. 
A Family Safety Center traz dicas de como se proteger de ameaças existentes na rede social, como o cyberbullyng, por exemplo. Foi desenvolvida especialmente para pais e professores, para que eles eduquem jovens no uso da web.


 

A página fornece textos e vídeos a respeito de privacidade e segurança online. Além disso, também existem informações direcionadas especialmente para adolescentes. Entre as orientações para este público, está a "reportagem" ao Facebook, ou exclusão de usuários disseminadores de conteúdo impróprio.
A partir de agora, o usuário também encontra o botão "Reportar" em vários locais do Facebook, como páginas de perfis e grupos. Antes, esta ferramenta estava presente apenas nas fotos postadas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Rebecca Black e o marketing de resultado nas Redes Sociais

Antes de pensar em uma ação viral nas redes sociais, defina o seu planejamento e tenha claro o que você exatamente quer e quem deseja atingir.


A comunicação muitas vezes é um estímulo e é o receptor da mensagem que vai definir se o produto é bom ou não.

 
Quem já teve a oportunidade de ir a uma de minhas palestras sabe que sou um fã de carteirinha de Stefhany Absoluta, aquela mesmo do Cross Fox, uma das primeiras web celebridades da cena musical brasileira.

Hoje, seu canal no Youtube conta com mais de 13 milhões de acessos e, de certa forma, coroa nossa cultura popular e demonstra na prática um pouco do padrão de consumo web de nosso país.
 
Somente para comparação, o astro Luan Santana, que no ano passado foi quem mais vendeu música no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Disco, com 232 mil CDs, têm mais de 60 milhões de acessos a seus vídeos.
 
Nas últimas semanas, um novo fenômeno tomou conta do universo digital. É a simpática e irritante garotinha de 13 anos, Rebecca Black, dona do hit Friday, que em pouco mais de um mês superou os 60 milhões de views.
 
O que chama atenção no caso de Rebecca foi a rejeição em massa (89%) a sua música, que é considerada pelos internautas a pior música de todos os tempos. Esta rejeição e exposição gerou comoção na web.
 
Celebridades como Lady Gaga saíram em defesa da jovem aspirante à estrela. O principal ponto aqui, para nós envolvidos com comunicação, é a comprovação de que nem sempre volume de views e alcance é igual a resultado de vendas.
 
Na semana passada, o mercado global da comunicação recebeu com surpresa a notícia de que a empresa Burger King estava deixando de trabalhar com a premiada e badalada agência Crispin Porter & Bogusky, uma das pioneiras em ações virais.
 
Outra informação que causou espanto para os profissionais de Marketing Digital foi o fato de que a Pepsi perdeu a segunda posição em vendas no competitivo mercado de refrigerantes americano.

E, finalmente, outra ação viral muito questionada foi o comercial ‘The Force”, da VW, em que diversas pesquisas demonstraram que, apesar de um sucesso viral, se falou muito pouco do produto, que era o Passat.

Em contrapartida, outras empresas conseguiram catapultar suas vendas, como a Old Spice e sua épica campanha “The Man Your Man Could Smell Like”, os bebês da Evian e o lançamento do novo Focus pela Ford americana.

O que muitas vezes esquecemos é que uma ação nas redes sociais, que acabam se tornando uma forma de mídia, requer planejamento e principalmente um objetivo claro de comunicação. Precisamos definir se queremos aumentar a presença da marca, criar um canal de atendimento, uma forma de promover ou de aumentar as vendas.

Assim como no universo offline, o início de tudo deve ser o planejamento de comunicação e as redes sociais são apenas um dos caminhos para se alcançar um resultado integrado.

Lembro que a comunicação muitas vezes é um estímulo e é o receptor da mensagem que vai definir se o produto é bom ou não. Aí, Rebecca, sou obrigado a concordar com a maioria!
 
Almir Neves (Diretor Executivo da empresa de educação Click Conhecimento e professor de Marketing)

Mundo do Marketing (www.mundodomarketing.com.br)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O que é Folksonomia?

A folksonomia é uma maneira de indexar informações. Esta expressão foi cunhada por Thomas Vander Wal. É uma analogia à taxonomia, mas inclui o prefixo folks, palavra da língua inglesa que significa pessoas. 
 

O ponto forte da folksonomia é sua construção a partir do linguajar natural da comunidade que a utiliza. Enquanto na taxonomia clássica primeiro são definidas as categorias do índice para depois encaixar as informações em uma delas (e em apenas uma), a folksonomia permite a cada usuário da informação a classificar com uma ou mais palavras-chaves, conhecidas como tags (em português, marcadores).

Por meio das tags, o usuário pode então recuperar as informações e compartilhá-las. Pode visualizar as tags de outros usuários, assim como identificar o grau de popularidade de cada Tag (metadata) no sistema, e acessar as informações relacionadas.

Apesar de descentralizar o controle sobre um site, o uso da folksonomia traz diversas vantagens em comparação à taxonomia. Em sites de produção colaborativa com grande volume de publicações inéditas, é inviável que cada conteúdo seja classificado pela administração. Manter um site desse tipo organizado seria inviável financeiramente devido à grande quantidade de tempo e pessoal necessário para o mesmo.

É importante também destacar que ao liberar a classificação de informação para o público, garante-se que o conteúdo será naturalmente relacionado a palavras que os usuários acreditam ter ligação com os mesmos. Não se corre o risco de que, por exemplo, o administrador do site, ao não conhecer bem um novo conteúdo publicado por um usuário, classifique-o de forma equivocada. Na folksonomia, quem classifica o conteúdo são as próprias pessoas interessadas no mesmo.

Outra vantagem é a rápida adaptação na navegação de um site colaborativo regido de forma folksonomica. No caso de um grande acontecimento relevante para a comunidade do site, naturalmente surgirão vários conteúdos relacionados ao acontecimento. Se a navegação do site é feita por tags (vide del.icio.us e Flickr), as tags ligadas a esse acontecimento ganharão destaque naturalmente, sem a necessidade de um administrador intervir na navegação do site para facilitar acesso a este conteúdo. Esta vantagem é de grande importância para uma mídia de demanda tão imediatistas como a Internet.

O primeiro site a usar folksonomia foi o del.icio.us e, em seguida, o flickr e o youTube - três sucessos da Web 2.0.

O Gmail oferece, no lugar de pastas, o recurso de tags para organizar os emails. Entretanto, ele não é um exemplo clássico de folksonomia, pois não permite compartilhar as tags entre usuários do sistema.

A rede social Last FM last.fm usa a folksonomia para efetuar a classificação de faixas e artistas ([1]).

Google dá mais passo para uma busca contextual

A melhor maneira (e politicamente correta) de avançar no caminho da personalização dos resultados de busca é utilizar de um filtro social - os "amigos" do solicitante. 


Mais uma empreitada da empresa de Mountain View começa a gerar repercussão na web. Ironicamente chamado do “botão curtir do Google”, a funcionalidade +1 promete trazer elementos sociais para os resultados de busca. Veículos de mídia especializados estão anunciando o +1 como uma ação do Google para entrar nas mídias sociais. Vejo isso como um ledo engano.

Ao invés de pensarmos em “redes sociais” ou em “mídias sociais”, sugiro considerarmos uma “socialização” de ações, ou melhor, adicionar como variável na determinação da relevância de qualquer elemento (objeto, site, musica, vídeo, texto, etc) um ranking gerado por sua rede de confiança (ou “amigos”).

Um buscador nada mais é do que um indexador que, por natureza, trabalha numa simples relação input-output. No meio deste fluxo está seu poder de classificação e ordenação para que o output seja o mais adequado possível para aquele que deseja ter acesso a um determinado elemento (ou determinada resposta para uma solicitação).

Bem, o input está na capacidade e “inteligência” do sistema em encontrar os dados e o output em interpretar a solicitação do usuário, elencar a hierarquia dos dados que dispõe e então transformá-los em informações relevantes para este usuário (ordenando-as segundo esta relevância).
O que o +1 tem a ver com tudo isso? Tudo. Até hoje o sistema de busca do Google baseia suas ordenações, ou seja, relevância, em fatores externos ao usuário, porém ainda assim ligados à folksonomia.

Não me atrevo desvendar a lógica por trás de seu algoritmo, mas, fazendo breve uma longa história, componentes técnicos que facilitam a vida do spider indexador, elementos editoriais do website e, principalmente, o link building entre os bilhões de destinos são os três grupos que influenciam na proximidade entre significante e significado, ou melhor, entre tag de busca e lista de resultados.

Nenhum destes fatores, contudo, realiza uma real interpretação do contexto por trás de uma solicitação de busca ou de sua semântica.

Gosto de usar o seguinte exemplo: um cidadão vai até um buscador e digita “São Paulo”. Que tipo de resposta ele espera encontrar? Poderia ele ser um católico praticamente, devoto do santo Paulo de Tarso? Ou um viajante em busca de mais informações sobre a capital paulista? Ou ainda um amante do futebol querendo saber as novidades sobre seu time de futebol preferido?

Sem elementos que permitam eliminar a similaridade entre o termo usado no input, seria impossível determinar qual hierarquia de resultados melhor entrega a resposta desejada.

O contexto pode ser determinado por diversos fatores: geografia, momento, repertório, experiências passadas, situação, entre outros. O contexto fornece o correto entendimento da mensagem, extrapolando-se a palavra escrita ou falada, e permitindo então uma melhor compreensão do interlocutor e consequente resposta àquele estímulo. Este interlocutor, no caso, nada mais é do que um www.google.com.

Dentro de sua versão mobile, o buscador já utiliza a localização do usuário como um dos fatores de ordenação de resultados: ao se buscar por uma rede de fast food, por exemplo, é apresentado ao usuário dados de contato da unidade mais próxima.

Outra funcionalidade, disponível na versão estadunidense do site, permitia aos usuários “subir” e “descer” resultados conforme julgavam mais ou menos relevantes em função de sua busca. Este último ajudava o buscador na questão da hierarquia de relevância, mas ainda não permitia antecipar o comportamento sobre termos nunca buscados pelo usuário. E, na verdade, isto é muito pouco perto do que pode ser feito.

Se formos analisar todos os pontos de contato possíveis com o Google, seria possível sim tomar elementos comportamentais de um determinado usuário para minimizar os riscos de uma interpretação errônea de um contexto. Estando logado com seu usuário, é possível saber:

-quais são seus gostos, seus amigos e alguns dados pessoais: Orkut
-para onde você foi ou por onde passou: Google Maps
-o que você fez/faz a cada dia: Google Calendar
-quais assuntos mais lhe interessam: Google Reader, Google Chrome
-que assuntos você conversa com seus amigos: Gmail


De posse de todo este contexto, fica mais fácil arriscar se o usuário é um católico devoto ou um amante do futebol.

Mas o Google pode fazer isso? Tecnicamente sim, na prática porém isto pode trazer à tona uma ferrenha discussão sobre privacidade um tanto quanto arriscada para uma empresa que vale cerca de US$ 200 bilhões.

A melhor maneira (e politicamente correta) de avançar no caminho da personalização dos resultados de busca é se utilizar de um filtro social, utilizar os “amigos” do solicitante (portanto, parte de sua rede de confiança e, provavelmente, pessoas que compartilham alguns interesses similares).

Esta cajadada do Google na verdade pode acertar dois coelhos bastante interessantes: ao mesmo tempo em que incorpora elementos sociais aos seus resultados de busca visando aumentar a efetividade das respostas apresentadas ao contextualizar a tag de busca em função de recomendações, a empresa também busca fortalecer sua própria indexação de um determinado tipo de objeto: as pessoas, o que permitirá, num futuro próximo, apresentar conteúdos (onde se incluem ofertas) de maneira customizada não somente em função de uma palavra inserida em um campo de busca, mas também daquele que a inseriu.

Tudo isto usando a permissividade existente dentro das relações existentes entre as pessoas e seus “amigos”.

Fonte: [Webinsider]

terça-feira, 12 de abril de 2011

Marketing Digital | Empresas se rendem às redes sociais

Por Silvio Tanabe
O avanço das redes sociais em atividades como colaboração, troca de informações e fonte de pesquisas esgueirou-se com facilidade no seio das empresas e sua aceitação rápida e estrondosa pegou todos de surpresa. No início, eram consideradas fontes de dispersão, principalmente para funcionários mais jovens. Mas elas ganharam características profissionais e impactaram o mundo corporativo. Os casos de sucesso provam que não é mais possível ignorar as redes sociais.



Algumas companhias ingressaram nesse mundo com ações direcionadas ao atendimento a clientes via Facebook e Twitter. Não demorou para perceberem que as discussões geradas nessas redes sobre a empresa poderiam ser usadas de forma estratégica, inclusive para a criação de novos serviços e mapeamento mais eficiente do mercado.
 
O consultor sênior da TGT Consult, Waldir Arevolo, afirma que esse uso convergente da mídia está se mostrando a melhor prática do mercado. Segundo ele, usar as inovações das redes e se aproveitar da coletividade para gerar boas experiências “é uma forma de manter a marca sempre em evidência, aprimorar os serviços e impactar os negócios”.
 
Outro elemento importante que as redes sociais trouxeram foi uma forma mais eficiente e rápida de avaliar a imagem perante clientes, assim como resultados de campanhas de marketing. De acordo com o analista da consultoria IDC, e professor de pós-graduação da PUC-SP, Alexandre Campos, antes as empresas só conseguiam identificar certas tendências relacionadas à sua marca ou a serviços por meio de extensas pesquisas de mercado.
 
“Hoje, o retorno é imediato e o aumento do acesso às redes só vai reforçar isso, principalmente no Brasil”, diz, acrescentando que vale destacar a chegada do Facebook no Brasil como indicativo da importância de tendências como marketing digital e negócios na web 2.0.
 
As redes também contradizem a ideia de que um alcance abrangente só era viável para grandes empresas, com altas quantias para investir. A opinião de especialistas é que elas trouxeram outro nível de competitividade, reforçando a crença de que entrar nelas, com planejamento, é uma atividade fundamental atualmente.
 
Seguindo as tendências das redes sociais, a Bolsa de Mercadorias e Futuros Bovespa (BM&F Bovespa) começou a estudar, em 2009, qual seria a estratégia ideal para tirar proveito delas com a meta de popularizar o mercado de ações, que até alguns anos tinha um público muito restrito. A primeira etapa foi escolher as que tinham mais a ver com a proposta, o que resultou na escolha do Twitter, Facebook, Yahoo Respostas e Orkut.
 
O Twitter, pela característica de fonte de informações rápidas, passou a ser utilizado para divulgar cursos gratuitos, inscrições, números da bolsa, entre outros. O Yahoo Respostas para responder questões de usuários da rede sobre os temas que dizem respeito à Bovespa. E Orkut e Facebook como comunidades: participantes entram, tiram dúvidas, criticam e dão orientações para nortear a estratégia da Bovespa.
 
A empresa ainda não tem métricas bem definidas dos resultados, mas já notou grande retorno em seguidores, que formam um público diferente dos que apenas visitavam o site. “Trata-se de um grupo que interage mais e que gera informações importantes. Essa experiência já apoia voos maiores da Bovespa nas redes sociais”, avalia a gerente de Internet da BM&F Bovespa, Renata Martins.
 
A experiência foi turbinada com o lançamento de um aplicativo que simula a participação no mercado de ações e é uma competição, em que os participantes compartilham resultados e conseguem comparar o desempenho com outros amigos. “O planejamento para 2011 é manter esse trabalho e aumentar a abrangência de atuação nas redes, aproveitando as tendências e oportunidades”, diz Renata.
 
A operadora Porto Seguro também possui atuação intensa nas redes sociais, mas iniciou estratégia um pouco antes, em 2007, quando a área virou uma gerência específica diretamente ligada à vice-presidência executiva da organização. O primeiro trabalho foi de monitoramento das redes sociais, para o qual contratou uma empresa especializada.
 
“Terceirizar foi importante para começar, não tínhamos tanto conhecimento e precisávamos diagnosticar as redes sociais. Nos surpreendemos com alguns dados que indicavam como as pessoas se relacionavam com a marca, entre outras informações. A partir daí, traçamos estratégias”, relata o gerente de Canais Eletrônicos da Porto Seguro, Rafael Caetano.
 
O foco inicial era ser forte em atendimento, integrando o processo com o serviço de atendimento ao cliente (SAC) da empresa, cujas solicitações acontecem mais via Twitter. Depois, realizamos ações no Facebook, Orkut, LinkedIn, Twitter e Youtube, inclusive via compartilhamento de vídeos e fotos relativos a atividades da companhia.
 
Em relação à tecnologia, a empresa usa algumas das principais ferramentas do mercado para monitorar, o que apoia a equipe interna. Hoje, a Porto não contrata mais profissionais para esse fim, a menos que precise de um esforço pontual maior, em campanhas específicas.
 
Para Caetano, a integração das redes sociais com outras mídias também traz muitos frutos. Foi o que aconteceu na campanha do Trânsito Mais Gentil, que pregava tolerância no trânsito e tinha como um dos objetivos reduzir o número de sinistros, que impactam diretamente no negócio da organização.
 
“A campanha foi disseminada por meio dessa integração e tornou-se um dos nossos casos de sucesso.” Para o futuro, o gerente de Canais Eletrônicos da Porto Seguro relata a busca por compreender como as pessoas interagem e se comportam nas redes para ajudar os corretores de seguros a estreitarem relacionamento com os clientes por meio desses canais.
 
“É importante que o grupo de corretores consiga entender e diagnosticar necessidades dos clientes pelas redes que não seriam identificadas de outras formas. A Web 2.0 tem esse poder”, afirma.
 
Tecnologias

O empenho de algumas companhias em atrelar as redes sociais às suas tecnologias núcleo comprova a demanda do mercado. É o caso da Oracle, que trabalha com o conceito de mídia social no seu middleware. Segundo o consultor sênior de Vendas da Oracle do Brasil, Dênis Abrantes, a ideia é levar todo o conceito das redes sociais para dentro das aplicações, tanto para uso interno quanto para aplicações externas.
 
O principal discurso da empresa é o da produtividade: com informações disponíveis em tempo real, graças às características colaborativas, o tempo dos processos e das atividades é reduzido sensivelmente. “A intenção é colocar à disposição das companhias todos os recursos das redes em camadas especializadas de software, para que elas sejam aplicadas da melhor maneira para cada organização”, diz Abrantes.

A SAP, também seguindo a mesma trilha, quer aprimorar soluções de busca inteligentes e análise de conteúdo gerado pelas redes. São ferramentas de monitoramento independentes do ERP, que permitem aos usuários observar seu próprio contexto e o dos concorrentes na mídia social para embasar as tomadas de decisão.
 
A organização também se dedica a soluções para integrar as redes sociais como mais um canal de atendimento na estrutura de SAC das companhias, integrada também às ferramentas analíticas. “A estratégia é oferecer soluções que possibilitem aos usuários uma postura proativa em toda a rede social, além de avaliar tendências”, diz o arquiteto de soluções SAP, Diego Anunciato.

Fonte: Computerworld

The Social Web of Things

Como remover dados de redes sociais e "sumir" da Internet

 PC World / EUA

Web traz todo tipo de informação sobre as pessoas, desde as melhores até as mais comprometedoras; saiba como acabar com seus rastros na rede
A Internet tornou nosso mundo muito menor. E ela também fez as nossas histórias muito melhores – catalogadas e mais fáceis de serem encontradas. Mas isso,  juntamente com o estranho fenômeno de que o bom senso de muitas pessoas costuma sumir quando o assunto é postar informações e imagens na web, nem sempre é bom . Há muita informação por aí sobre como melhorar sua reputação ou proteger sua privacidade online. Mas e como você faz para "desaparecer" da web?

O ex-CEO da Google, Eric Schmidt, pensa que você talvez queira fazer isso. Em uma entrevista de 2010 para o Wall Street Journal, ele disse: “Não acredito que a sociedade entenda o que acontece quando tudo está disponível, conhecido e registrado para todo mundo ao mesmo tempo.” Ele então sugeriu que eventualmente as pessoas podem ser levadas a mudar seus nomes para fugir de suas histórias embaraçosas (e bem documentadas) da Internet.
Em vez de colocá-lo em um "programa de proteção à testemunha" – ou mudar o seu nome – vamos mostrar cinco passos para quem está disposto a sumir da Internet.

Passo 1: Conheça seu inimigo
Antes de fazer qualquer coisa, você precisa saber do que está querendo se livrar. Por isso, primeiro faça uma busca pelo seu nome. Mas não apenas no Google. Utilize também sites agregadores de buscas por pessoas, como ZabaSearch, Intelius, Pipl e Spokeo.

Passo 2: Fique fora da rede
Ao navegar use um pseudônimo - Se não quer usar seu nome real para ficar “pregado” em toda a rede, use um nome de tela, apelido ou algum outro pseudônimo do tipo para conduzir seu “negócio” na Internet. E não esqueça de criar um e-mail especial para ele.
Monitore seus amigos - Infelizmente, não é mais só com você. Convença seus amigos, familiares e outros a não postarem informações ou fotos suas na rede sem antes receber sua autorização explícita para isso. Isso deve ser fácil de fazer – certamente mais fácil do que monitorar pessoas que não seus amigos, por exemplo.
Não seja estúpido - Se você nunca ficou bêbado a ponto de cair em público, nunca será a estrela de uma foto comprometedora no Facebook de alguém. Pense sobre isso.

Passo 3: Remova o que conseguir
Você está pronto para “chutar o balde” e destruir suas contas em redes sociais? Por um lado, você não estará mais em “contato” com aquele cara que conheceu em uma viagem para a China quando tinha 16 anos. Mas, por outro lado, provavelmente vai almoçar com seu melhor amigo do colegial que mora na mesma cidade que você, em vez de apenas postar algo sobre almoço no mural de alguém no Facebook. Vamos ver como sair de alguns dos sites e serviços sociais mais populares atualmente.

Como sair do Facebook: Faça o login, vá até Conta, Configurações da Conta. Na parte inferior da primeira tela (Configurações) há um link para “Desativar Conta”. Sim, o Facebook te faz “desativar” uma conta antes de apagá-la. Clique no link e verá uma tela cheia de fotos dos seus “amigos” e mensagens de como sentirão a sua falta. Escolha uma razão para sua saída e certifique-se de marcar a opção para não receber futuros e-mails da rede social (senão poderá receber mensagens tentando te convencer a voltar para o site).

facebook300
Apague o que puder manualmente em outros perfis antes de deletar sua conta em redes como o Facebook

Agora basta deixar sua conta “desativada” e não fazer login por duas semanas. Depois desse período, ela será deletada.

Como sair do Twitter: Faça login, vá até Configurações, Conta. Na parte interior da página há um link que diz “Desativar minha conta”. Clique nele e será direcionado para uma tela de verificação. Confirme o processo e sua conta no microblog será imediatamente desativada e apagada.

Como sair do LinkedIn: Faça login, vá até Configurações, Conta, Fechar sua Conta. Você será levado para uma tela de verificação, em que o LinkedIn irá te perguntar a razão para sair do site. Escolha uma e então clique em Continua para apagar a conta.
O processo é parecido para outros sites como Orkut e MySpace. Apesar de esses serviços de redes sociais serem bons para deletar as contas e informações associadas, é uma boa ideia se prevenir e manualmente apagar o máximo de postagens, fotos e mensagens internas que puder antes de sair. Se não quiser fazer isso, dê uma verificada no Suicide Machine, um site “suicida” que irá fazer o processo para você.

Passo 4: Limpe sua reputação
Você provavelmente já ouviu falar de empresas de “proteção à reputação” – como a Reputation.com e RemoveYourName – que alegam conseguir reabilitar sua nome online. E se elas podem fazer isso, você também.
Esse tipo de empresa usa duas táticas principais para melhorar  reputação de seus clientes: pedem aos sites para retirarem informações incriminatórias sobre um cliente, usando a lei e/ou grandes quantias de dinheiro se necessário; e retiram conteúdo “ruim” em resultados de buscas ao subir conteúdo “bom”. O último não é relevante para esta reportagem, já que estamos falando de retirar conteúdo da web, não colocar mais. Porém , o primeiro método é essencial.
A boa notícia é que você pode fazer isso sozinho. E a ruim é que exige muito tempo e determinação.
Pedir a sites para retirarem informações sobre você é tão fácil quanto parece: apenas comece a enviar e-mails para webmasters pedindo que os dados sejam retirados. Mas esteja preparado para encontrar muita resistência. Muitos deles não possuem o tempo ou inclinação necessária para isso. Além disso, você provavelmente não vai chegar a lugar algum com ferramentas de buscas (incluindo ferramentas de buscas por pessoas, como o Pipl) porque eles são agregadores e não bases de dados.
Se algum site se recusar a cooperar, você pode acionar a justiça ou oferecer dinheiro a eles. O Google vai remover resultados de buscas se você convencê-los de que o site está infringindo sua propriedade intelectual (como já aconteceu em outros casos). Outra possibilidade é oferecer “acordos” aos sites para remover o conteúdo. Infelizmente, ambas as opções exigem dinheiro e normalmente se saem melhor quando deixadas nas mãos de negociadores profissionais e advogados.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Redes sociais sem riscos legais

*Por Isabela Guimarães

A internet deixou de ser apenas uma rede de computadores e se consolidou como uma rede de pessoas. E de pessoas que participam cada vez mais, que querem se expor, seja por meio da divulgação de textos, comentários em blogs, compartilhamento de links ou apenas pela publicação das fotos de seu último aniversário.

A interatividade que movimenta o formato atual da web apresenta um panorama completamente novo, pois os produtores são, ao mesmo tempo, o público e este também é composto por pessoas que estão apresentando idéias, divulgando materiais que outras pessoas fizeram ou colaborando com o aprimoramento de conteúdo já publicado.

Um retuite é criação? A priori, a resposta negativa parece fácil e evidente. Porém, a partir do clique de um botão um conteúdo publicado por outra pessoa é divulgado para outras centenas, que talvez não teriam acesso a ele de outro modo, e outro debate se forma, outra idéias são geradas e mais conteúdos são produzidos, postados e redivulgados.

Não podemos esquecer, entretanto, que na internet as leis também são aplicadas. Por isso, é fundamental que quem participa da web, seja por meio de um blog muito visitado ou apenas por meio das redes sociais, conheça seus direitos e deveres, de forma a produzir com comprometimento.

A principal questão que tem chegado até nós é a respeito do equilíbrio entre liberdade de expressão e os direitos de terceiros, tais como o direito à privacidade e à intimidade e também os direitos autorais. É indubitável que os direitos à expressão e à livre manifestação de pensamento são pilares democráticos que devem ser defendidos e preservados.

Entretanto, o exercício do direito de expressão não pode ser feito de modo abusivo. A legislação brasileira responsabiliza aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a terceiro. Sendo assim, se você quiser se manifestar nas redes sociais ou por meio de um blog, apresentamos algumas considerações que ajudam a equilibrar o direito de expressão e os direitos de outras pessoas e marcas.

A primeira dica é a de que se os fatos forem relatados de forma idônea os riscos do dono do blog ou do perfil ser responsabilizado perante terceiros cai bastante. Ademais, a publicação deve ser guiada pela ética, sem a divulgação de textos difamatórios, ofensivos e boatos, pois a disponibilização de conteúdos assim pode configurar ato ilícito ou mesmo crime contra a honra.

Outra recomendação bastante importante dentro do cenário de compartilhamento de informações em redes sociais e blogs diz respeito à postagem de fotos de pessoas. A imagem das pessoas é protegida no nosso ordenamento jurídico. O usuário da Internet deve evitar usá-la sem autorização e ter muita atenção, ainda, com o contexto no qual a imagem será utilizada. É permitida a captação da imagem de pessoas em ambientes públicos, contudo a sua publicação nunca poderá ser prejudicial à honra, reputação ou ser destinada a fins comerciais.

Sempre que um conteúdo for postado a fonte deve ser citada e um conteúdo alheio não deve ser apresentado como próprio. A lei brasileira protege o autor e a reprodução de uma obra deve ser devidamente autorizada; se quiser, o usuário pode postar pequenos trechos e direcionar seu leitor, por meio de links, por exemplo, ao conteúdo completo e original, mas nunca publicar o texto integral que foi feito e divulgado por outrem.

Ainda sobre o uso de materiais produzidos por outras pessoas, é bastante comum também a pesquisa de imagens em bancos de dados disponíveis na Internet. A fotografia, quando utilizada por terceiros, deve indicar de forma legível o nome do seu autor e não pode ser reproduzida a não ser que esteja em absoluta consonância com o original, salvo prévia autorização do autor.

Recomendamos que caso uma pessoa, ou mesmo uma empresa, que busque imagens na Internet com a intenção de utilizá-las use banco de dados que permitam aos autores licenciarem seus trabalhos de modo mais flexível. O Flickr®, por exemplo, permite que a busca seja feito em banco de dados com conteúdos licenciados sob o Creative Commons©.

Também no cenário atual brasileiro, a mistura de duas ou mais obras, sem as devidas autorizações prévias, para a formação de uma música remixada ou de um filme redublado, por exemplo, ainda é vedado.

Interessante lembrar que, embora o uso das redes sociais seja majoritariamente focado no compartilhamento de informações pessoais, os consumidores estão no mundo digital e sua voz tem ganhado força junto às empresas, que não querem acumular máculas em sua reputação digital.

Mas, assim como pessoas físicas, as marcas também têm direito à preservação de sua reputação, de acordo com entendimento de juristas e tribunais brasileiros. Sendo assim, recomendamos que o direito à reclamação seja exercido sem abusos, sem promoção, por exemplo, de alterações em nomes e logomarcas de marcas registradas.

Ainda estamos aprendendo, concomitantemente às mudanças constantes do cotidiano online, a lidar com as questões jurídicas que surgem diariamente com a web interativa. A própria lei brasileira de direitos autorais está em questionamento e já conta com anteprojeto para que seja alterada.

O formato colaborativo e participativo da Internet tende apenas a se expandir e este não é problema, as ferramentas não causam dano em si, mas sim o uso que fazemos delas. Acreditamos que a participação e o diálogo na web devem ser defendidos e fortalecidos, porém devem ser norteados pela responsabilidade, ética e respeito aos direitos alheios.


Isabela Guimarães é especialista em direito digital e sócia do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados
Fonte: www.decisionreport.com.br

O grande perigo do cliente que não reclama

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos feitos por especialistas em relacionamento com clientes mostram que em média uma empresa perde 30% de seus clientes a cada ano, pelos mais variados motivos. Mas raramente os clientes frustrados fazem reclamações, a não ser quando eles já atingiram o auge da irritação.

A forma de expressar o seu descontentamento ou desilusão é um afastamento silencioso, que raramente é notado pela empresa. Quando a empresa se der conta da fuga de clientes já será tarde demais, e não terá outra saída senão pagar um preço alto para reconquistar a confiança perdida, normalmente entre oito e dez vezes o custo médio da fidelização de clientes.
As estatísticas apontam para 4% das pessoas que reclamam e 96% que não reclamam. Estes mudam para outras empresas. A fuga silenciosa de clientes acontece porque reclamar dá trabalho e, além do mais, gera normalmente situações desconfortáveis tanto para quem faz como para quem recebe a queixa.
As empresas deveriam ficar felizes quando um cliente reclama porque assim é possível descobrir o que está errado antes que a fuga de clientes cause prejuízos maiores. Isso implica, no entanto, uma mudança de atitudes e de sistema, como por exemplo, a criação de instrumentos que facilitem o recebimento de críticas e sugestões, e principalmente instruir funcionários a não encarar uma reclamação como uma ofensa pessoal. É aí que entra a necessidade de treinamento e educação, fatores que farão à diferença no sucesso do negócio.
O primeiro passo para chegar a qualquer lugar é decidir que não vai permanecer onde está e entender que na vida você não irá ficar parado nunca, ou vai melhorar ou piorar. A decisão é sua.
O segredo de sucesso para um negócio é fazer algo que os outros não fazem e também não ficar dormindo para o que acontece no dia-a-dia do mercado e da concorrência. Entender que não existe mercado parado existe gente parada. Quem quer fazer sucesso tem que usar suas idéias com um plano de ação e se colocar em movimento. O sucesso não cai de pára-quedas no quintal de ninguém.
Mesmo com uma forte equipe de vendas, os líderes das empresas continuam sendo os melhores vendedores. Crie a prática de visitar os seus clientes e fornecedores, saia da cadeira com mais frequência, é lá no mercado que as coisas acontecem e ninguém filtra nada para você e com isso você também amplia sua rede de relacionamentos e por consequência, mais negócios.

Fonte: www.artigonal.com

sexta-feira, 8 de abril de 2011

11 Estatísticas Explosivas do Inbound Marketing

Propaganda convencional e interrupção tem  eficiência cada vez menor, mas como liderar uma mudança em sua empresa.

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Executivos de marketing estão cada vez mais interessados em novas formas de promoção e em especial na web 2.0. O obstáculo é que muitos profissionais ainda não entendem ou não tem acesso aos números do mercado na web.
Abaixo segue uma lista com estatísticas importantes para ajudá-lo a convencer qualquer pessoa:
1a) 80% das pessoas faz buscas online.
Clientes cada vez mais educados buscam conteúdo que os ajudem a resolver algum tipo de problema que tenham, antes de realizar qualquer compra. As pessoas buscam a informação conforme sua conveniência e praticamente não clicam mais em propaganda.
2a)  57% das empresas americanas conseguiram novos clientes a partir de seu Blog.
Compartilhar conhecimento é ótimo para sua empresa, enquanto fazer propaganda intrusiva pode ser péssimo.
3a) 41% das empresas B2B e 67% das B2C conseguiram novos clientes usando o Facebook.
Personalizar sua página e abrir o diálogo é essencial para gerar interesse de seu cliente.
4a) Empresas que “blogam” conseguem 55% a mais de tráfego.
Quanto mais você “bloga” mais páginas são indexadas pelo Google e mais links para seu site você potencialmente constrói. Quanto mais links seu site tiver, mais bem rankeado ele estará nos mecanismos de busca.
5a) O Inbound Marketing custa 62% menos por lead quando comparado ao marketing tradicional (outbound).
Muitas propagandas tradicionais custam caro e tem eficiência baixa e difícil de ser medida, além de serem filtradas pro clientes. Com parte das verbas gastas com publicidade tradicional, pode-se gerar muitas ações online.
6a) 75% dos vídeos assistidos em mídias sociais estão no Facebook.
Embora o FB tenha 15 milhões de usuários no Brasil contra 30 milhões do Orkut, ele possui maior capacidade de interatividade e personalização, portanto o compartilhamento de vídeos é mais eficiente.
7a) 92% dos profissionais de marketing nos EUA consideram a economia como principal motivo para usar o Inbound Marketing.
Com custos muito inferiores a publicidade tradicional é possível gerar projetos anuais, muitas vezes pelo mesmo gasto com algumas páginas de propaganda.
8a) 41% das empresas conseguiu novos clientes através do Twitter nos EUA.
A ferramenta ainda muito utilizada para reproduzir conteúdo inútil no Brasil, tem apresentado eficiência quando entrega informações interessantes e gera interesse de seu público alvo.
9a) 33.5 milhões de viewers únicos assistiram vídeos online no Brasil em 2010 com uma média de 79 views/viewer.
Empresas podem e devem utilizar a produção de vídeo para promover sua empresa, mas o planejamento para produzir o material em formato de conteúdo útil para o cliente é essencial.
10a) 1 em cada 8 minutos de navegação é consumido no Facebook.
Usuários estão dedicando cada vez mais tempo para gerenciar sua presença nas mídias sociais. Isso representa grande oportunidade para o marketing.
11a) 70% dos internautas clica em links da busca orgânica e não em anúncios pagos.
O SEO torna-se cada vez mais importante para posicionar sua empresa e produtos na web. Para gerar bons resultados é preciso atualizar constantemente seu site.
O Inbound Marketing torna-se cada vez mais importante para que empresas estabeleçam presença destacada na web.