segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Hollywood entra nas Redes Sociais

 Tenho algumas paixões na vida: esportes, internet, cinema, música, entre tantas outras. Quando posso juntar algumas delas em um só assunto, fico nas nuvens.  
 
 
 
Fiquei entusiasmado e curioso quando soube que Hollywood estava filmando A Rede Social, lançado aqui no Brasil em dezembro de 2010 e um dos favoritos a levar o Oscar de melhor filme. Quando um assunto cai nas graças da indústria do cinema, fico apreensivo, pois as consequências nem sempre são das melhores.

Olhando para o passado é só perceber como foram tachados os primeiros empreendedores da internet, que acabaram sendo um pouco ridicularizados como inescrupulosos e manipuladores na época da “bolha” da internet. Mais longe ainda, quando vemos um filme como Tron, de 1982, que fala de um mundo paralelo dentro de computadores que estava muito além da compreensão de qualquer pessoa que não fosse um expert em computação daquele tempo. Sua revisitação em 2010, para uma geração nascida com este DNA é muito mais plausível.

Voltando à Rede Social, assisti ao filme e achei muito bom. Além de nos contar uma história interessante, coloca-nos de frente a um ícone da nova Geração Y, Mark Zuckerberg, perfeitamente interpretado por Jesse Eisenberg, um nerd que menospreza o mundo ao seu redor e cria (ou rouba) a ideia brilhante de montar uma rede, mas que na verdade nem sabe direito onde isto chegará.

Para nós profissionais que vivemos a internet 24 horas por dia, sete dias por semana, há anos — no meu caso uns 15 –, fiquei aliviado ao saber que o mercado não é mais tratado como uma experimentação e sim uma indústria consolidada. Com resultados comprovados, a internet conecta bilhões de pessoas no mundo inteiro e, por meio das redes sociais, está a caminho de encontrar uma nova linguagem, que aproximará cada vez mais as pessoas, as marcas e a vida cotidiana dos seres humanos. Obrigado Hollywood!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Domain dialing: o telefone da empresa é o domínio

Você precisa ligar para uma empresa mas está sem o número de telefone - o que fazer? Uma nova opção é usar o domain dialing.
Por Ricardo Vaz Monteiro


O aparecimento dos domínios gTLDs e ccTLDs permitiu que a navegação na internet se tornasse muito mais intuitiva. Afinal, é muito mais fácil, do ponto de vista do usuário, lembrar de um domínio do que de um endereço iP. Esta constatação é obvia, já que números não têm significado intrínsico, enquanto que nomes de domínios podem possuir significado e portanto podem ser muito mais facilmente resgatados pela memória.
A substituição dos endereços iPs por nomes de domínios ajudou a tornar a internet este fenômeno mundial que conhecemos.
Infelizmente esta revolução que ocorreu no mercado de domínios não foi seguida por outros mercados. Observe por exemplo o mercado de telefonia. Ainda utilizamos números telefônicos para identificar de forma unívoca um único destinatário.
A utilização de números como chave de acesso na telefonia foi definida pela sua praticidade técnica, já que utilizávamos rotary dials. Esta escolha, apesar de tecnicamente prática, é um horror do ponto de vista do usuário e criou uma gama enorme de mecanismos para ajudar os usuários a manter, resgatar e lembrar dos números que lhe são úteis, como agendas de telefones e páginas amarelas, por exemplo.
Devido ao crescimento do mercado de smartphones, um novo horizonte se aproxima. Por que, ao invés de usarmos números telefônicos para fazer chamadas, não utilizamos o nome do domínio como chave de acesso ?
Este conceito tem sido perseguido por algumas iniciativas que têm tido dificuldade de serem adotadas pelo mercado de massa, já que obrigam o registro de domínios em outras extensões que não serão o domínio principal da empresa, enquanto na mente dos usuários, os domínios .com é que são realmente conhecidos como os domínios principais das instituições.
Além do mais, não faz sentido obrigar empresas a registrar domínios auxiliares em outras extensões; o interesse das empresas e dos usuários é usar o domínio principal da sua empresa ou organização.
Um novo aplicativo para iPhone, BlackBerry e Android tem se apresentado como uma alternativa muito mais próxima dos interesses das empresas e usuários, o Siter.com.
Caso o usuário queira ligar para a Apple, ele disca Apple.com, o domínio que a Apple divulga e que os usuários já conhecem. Caso o usuário queira ligar para a revista Vogue, ele disca Vogue.com. A este mecanismo dá-se o nome de domain dialing.
O Siter.com quebra este paradigma do uso de números telefônicos como identificadores unívocos da outra parte, porém sem perder de vista o que os usuários e empresas querem: usar o domínio principal de seus negócios. O domínio que já é divulgado. O domínio que já é conhecido. Empresas e usuários não querem registrar domínios auxiliares para serem encontrados, querem sim usar o seu domínio principal.
O domain dialing possui benefícios secundários, como a empresa poder registrar vários telefones debaixo de um único domínio, o que por exemplo diminui a obrigatoriedade de divulgação de longas listas de filiais e cadeias de lojas.
Além disso, a divulgação do domínio principal da empresa permite que a empresa faça branding, já que normalmente sua marca está intimamente associada ao seu nome de domínio.
O domain dialing também permite que usuários de celulares intuam facilmente qual o domínio a ser usado para discar, o que deve diminuir a dependência a listas telefônicas, agendas de telefones, listas amarelas, e todo o tipo de parafernália que foi criada para resolver uma questão técnica.
A única maneira de substituirmos a cultura do uso dos números telefônicos como chaves de acesso a outra parte é levarmos em conta a facilidade de aceitação destas iniciativas.
As iniciativas para associar o mercado de registro de domínios ao mercado de telefonia tem que levar em conta o que é mais fácil e lógico do ponto de vista do mercado de massa e dos usuários.  

Estudo da TNS avalia a mulher na web


Nove em cada dez mulheres acessam e-mails ao mesmo tempo em que assistem TV
 
Entender o  comportamento de compra do público feminino no meio digital é um grande desafio para a maioria das empresas que têm produtos e serviços direcionados a esse segmento. 

Os hábitos, de fato, são diferentes, como comprova o estudo Digital Life, realizado recentemente pela TNS em 46 países ao redor do mundo, incluindo o Brasil, junto a cerca de 50 mil usuários da web.
Uma das constatações da pesquisa é que  a maioria das entrevistadas brasileiras (92%)  costuma enviar e receber e-mails enquanto assiste TV. Desse total, 83% afirmam buscar informações on-line após assistir a um comercial que consideram interessante.
Entre os produtos que elas mais compram na web destacam-se os cosméticos (30%), seguidos de roupas (26%), calçados (21%), perfumes (24%), produtos de higiene e de cuidados para bebês (12%). Outro aspecto que distingue as mulheres do sexo oposto, segundo a pesquisa, é que elas são  mais propensas do que os homens a aceitar a intervenção de marcas em sites de relacionamento social como Orkut, Facebook e Twitter.  Apenas uma pequena parcela das entrevistadas (8%) considera as ações das marcas nas redes sociais intrusivas ou invasivas,  enquanto que, entre o público masculino, esse índice chega a 19%.
Segundo Alexandre Momma, diretor de atendimento da área de tecnologia da TNS Research International, "as internautas brasileiras já superaram muitas barreiras em relação ao uso das redes sociais, compras online e interação com as marcas, estando atualmente mais abertas às oportunidades de negócios do meio digital".
Outra constatação do estudo é que elas mantêm, em sua lista de afinidades e contatos,  um maior número de "marcas amigas" do que os homens - na proporção de seis contra quatro. O público feminino também supera o masculino em relação ao tempo de permanência nas redes, dedicando sete horas semanais à navegação por estes sites - uma hora  a  mais do que os homens.
Fonte: Alexandre Momma - Cliente SA

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

13 dicas para gerenciar tarefas


Dias curtos e muita coisa para fazer? Eu também me senti assim algum tempo atrás. Após muito stress fui procurar técnicas e dicas de produtividade em sites como o ZenHabits.net,  e Efetividade.net e livros como o A Arte de Fazer Acontecer.

Após anos praticando, criei uma lista com algumas dicas pessoais que compartilho com vocês agora, lembrando que não sou nenhum guru e só estou recomendando o que funcionou para mim após muitas tentativas.
 
Como ser um Super Man com suas tarefas:
 
1. Não fico com Twitter e Messenger aberto.

2. Não deixo o email aberto o dia todo. Crio limites e olho apenas nos horários pré-estabelecidos.

3. Não uso email como lista de tarefas, e, principalmente, não uso estrelas (no Gmail) como tarefas. Email é comunicação, coisas a serem feitas precisam estar em outro ambiente, que possa ser acessado sem eu ver a inbox cheia de novas mensagens. Se vou ver o que tenho pra fazer e vejo uma mensagem do meu amigo cheio de links interessantes, perco o foco, deixo de fazer o que devia ser feito, começo a procrastinar, caos.

4. Mantenho a caixa de entrada de emails sempre vazia. Uso a técnica InboxZero. Sempre que abro a caixa de entrada devo tomar uma das atitudes abaixo com cada uma das mensagens, até a inbox ficar vazia:
  • delegar pra alguém;
  • deletar;
  • responder imediatamente se for urgente;
  • colocar na pasta “Responder depois”;
  • criar um item na lista de tarefas.
5. Não preciso responder todos os emails imediatamente, mas preciso esvaziar a caixa de entrada processando todas as mensagens, respondendo as urgências e colocando as demais para serem respondidas depois ou como tarefas na lista de tarefas externa.

6. Divido contextos e horas, pessoal e profissional.  Me esforço pra ter disciplina: das 9 às 12, só olho coisas profissionais, das 12 às 14 resolvo as pessoais, depois profissionais novamente. Trocando o contexto do email e da lista de tarefas. Quando fecho a lista profissional, acabou, me concentro na lista pessoal.

7. Tenho inbox de tarefas de fácil acesso (que não dê trabalho de inserir itens) – no meu caso é um bloco de papel e o aplicativo Things para iPhone. Quando lembro de algo, coloco numa das caixas de entrada (bloco de papel ou iPhone), dependendo do que estiver mais à mão. Mais tarde eu organizo as coisas que coloquei na inbox num dos contextos (pessoal ou profissional).

8. Pra organizar os projetos uso o GTD (Getting Things Done), uma excelente metodologia descrita no livro A Arte de Fazer Acontecer.

9. Relaxo. Sim, é preciso relaxar e ter foco no que estou fazendo agora. Se estou escrevendo um texto e lembrei de olhar a cotação de uma TV nova, coloco isso na inbox (papel ou iPhone) e continuo no meu texto. Com o tempo vamos aprendendo a não deixar a mente desfocar.

10. Só coloco no calendário coisas que inadiavelmente precisam ser feitas naquele dia específico. Pagar o aluguel e comparecer à consulta médica são bons exemplos. Tarefas como “Ligar no plano de saúde e marcar oftalmologista” não precisam ser feitas num dia específico, ficam na lista de tarefas e serão feitas quando chegar a vez.

11. Lembro sempre que urgente é diferente de importante. Preciso resolver as urgências, mas preciso principalmente fazer as coisas importantes – são elas que pagam nossas contas, mudam nossa vida e nos trazem felicidade.

12. Aprendi a exigir menos de mim mesmo e dizer mais “Não”. Pediram para eu escrever um post no BlogDoCarrão e estou atolado? Digo “Não” de maneira educada e sincera.

13. É preciso também ter consciência de que não vou fazer tudo. Resolvo as coisas importantes e relaxo com o resto. O objetivo é produzir mais em menos tempo, para poder trabalhar apenas no que gosto e curtir minha noiva mais horas por dia.
Lembro novamente que a lista acima é um resumão pessoal. Assim, lendo, pode parecer meio nonsense ou cheio de falhas. Há muitos detalhes que não deu pra escrever (podemos seguir o papo nos comentários), mas tenho conseguido cumprir com tudo que me proponho a fazer com bastante organização e dedicação.

Autor: Marco Gomes
Fonte: www.papodehomem.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A visão dos líderes - comunicações móveis

por Ethevaldo Siqueira
de Barcelona

Em três dias, Barcelona transforma-se numa espécie de capital mundial das comunicações móveis, ao reunir as maiores operadoras, as megacorporações de eletrônica e dezenas de milhares de especialistas de mais de 70 países. 
Assim é o Congresso Mundial de Mobilidade (Mobile World Congress 2011), que termina quinta-feira. O melhor de um evento como este é, de longe, o confronto de visões e de estratégias de líderes representantes de grandes corporações – como Microsoft, Google, Nokia, Ericsson, Alcatel-Lucent, Huawei e operadoras como Telefônica, Vodafone ou NTT DoCoMo.

Steve Ballmer (foto) aproveitou o tempo de sua apresentação, como keynote speaker, na segunda-feira, para exibir força e trombetear as supostas vantagens da plataforma Windows 7, que hoje cobre uma gama considerável de dispositivos e aplicações – nos PCs, nos jogos eletrônicos (Xbox 360), na internet, no celular e dezenas de milhares aplicativos para esses segmentos. A rigor, a Microsoft deixou de ser aquela empresa que apenas produzia software para microcomputadores como seu nome indicava. Hoje ela está muito mais voltada para o mundo do entretenimento e da mobilidade.

Steve Ballmer confessa estar apaixonado pelo celular – em especial pelos smartphones. Para ele, a nova parceria com a Nokia, maior fabricante mundial de celulares, convencendo-a a aderir ao sistema operacional Windows Phone 7 “foi uma vitória de grandes proporções, pelas vantagens que trará aos usuários”, embora tenha gerado mais polêmica do que aplausos entre os analistas independentes.

Outro apaixonado pela mobilidade é o presidente (chairman) do Google, Eric Schmidt (foto), que falou ontem longamente sobre seu produto mais famoso nessa área, o sistema operacional Android, que explode no mercado: “Alcançamos a marca de 300 mil ativações Android por dia e contamos com 150 mil aplicativos em nossa loja”, comemorou em sua palestra de hoje.

Antecipou também que o Android terá uma versão única para smartphones e tablets. Provocado pelas perguntas da plateia, Schmidt opinou sobre a aliança Nokia-Microsoft, disparando em determinado momento: “Tentamos por todos os modos trazê-los para o Android, mas eles preferiram os outros caras”.

Talvez para não fechar as portas para futuras alianças, Schmidt reconheceu que seu grande competidor não é, como muitos pensam, o Facebook, mas, sim, a Microsoft, uma empresa que “tem escala, muito dinheiro e uma excelente ferramenta de busca, o Bing”.

Eric Schmidt tem uma das visões mais otimistas sobre o futuro da computação móvel e, em especial, do casamento entre o Google e os smartphones, exatamente como mostramos no artigo sobre sua apresentação no evento de eletrônica de consumo de Berlim (IFA 2010), em setembro,
Fonte: www.ethevaldo.com.br 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Redes sociais são usadas como plataforma para avaliação de serviços

Alemanha


Segundo pesquisa, aproximadamente metade dos alemães não daria uma segunda chance a uma empresa que ficasse muito tempo sem dar retorno a uma reclamação. Consumidores usam cada vez mais a internet para avaliar serviços.
Uma nova pesquisa, realizada pela empresa de pesquisa de mercado Toluna e pela companhia de relações públicas Faktenkontor, apontou uma profunda insatisfação com o atendimento ao consumidor na Alemanha – 80% dos entrevistados disseram que já fizeram uma reclamação que permaneceu ignorada, enquanto mais de 65% afirmaram que isso já aconteceu com eles com frequência.
A pesquisa, que reuniu dados de aproximadamente mil consumidores, também detectou que cada vez mais as pessoas tendem a querer dividir suas experiências de insatisfação com os serviços em questão pela internet, provocando assim uma evasão de novos consumidores em potencial.

Disseminando más notícias

Enquanto 42% dos entrevistados dão vazão às suas reclamações em conversas com amigos e com a família, 25% desses preferem optar por dividir as experiências negativas em fóruns online, sites de resenhas e redes sociais.
"O que é novo aí é o elemento internet", diz Carsten Heer, da Faktenkontor. "Há alguns anos, foi realizada uma pesquisa semelhante, que não mostrou que as pessoas tendiam a explicitar suas reclamações publicamente online com essa intensidade", completa.
Heer salienta que a maioria das empresas não está atenta a essa tendência. "Tenho certeza de que elas não estão de olho no fato de que os fóruns na internet podem representar uma ameaça. Não acho que as empresas estão alertas para as dimensões disso", conclui.
Ralf Beunink, porta-voz da associação das empresas de telecomunicações e tecnologia da informação da Alemanha, Bitkom, diz porém que é preciso ter mais cautela ao se chegar a esse tipo de conclusão. "Isso não me surpreende, mas há muitas empresas que estão se tornando cada vez mais alertas frente ao poder das mídias sociais e da internet", diz ele. 

Criticando o gerenciamento das reclamações

Redes sociais: apropriadas para dividir a insatisfação do consumidor 
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:   
Redes sociais: apropriadas para dividir a insatisfação do consumidor 

Os órgãos públicos encabeçam o ranking de instituições e empresas com as quais o consumidor alemão está insatisfeito, embora companhias aéreas, a Deutsche Bahn (operadora da rede ferroviária) e fornecedores de energia não fiquem muito atrás.
Heer acredita que há boas razões para explicar por que alguns setores obtiveram na pesquisa um resultado muito mais favorável que outros. Ele diz que "o fato de que os bancos tenham, relativamente, tido bons resultados, pode ser provavelmente aliado ao fato de que a competição no setor é grande e, se os serviços oferecidos não forem bons, eles estarão fora da concorrência".
Ao passo que os fornecedores de energia, por exemplo, "ainda detêm certas estruturas de monopólio, e podem se dar ao luxo de não servir bem, pois continuarão fortes no mercado. No entanto, pequenos fornecedores locais estão começando a usar o serviço ao consumidor como um diferencial para distingui-los dos concorrentes", lembra Heer.
A pesquisa concluiu que os consumidores no país costumam fazer exigências consideravelmente duras às empresas: 70% dos alemães esperam que suas reclamações sejam respondidas no prazo de 48 horas, enquanto 30% querem ter seu problema tratado no dia.
Dois terços dos consumidores disseram que preferem se comunicar por e-mail para registrar reclamações, embora quase a metade tenha dito que faria isso também por telefone. Apenas cerca de 20% dos consumidores optaram por reclamar pessoalmente ou enviar uma carta pelo correio.
Autor: Ben Knight (sv)
Revisão: Carlos Albuquerque

Fonte: http://www.dw-world.de

220 dicas twittadas durante o Social Media Week São Paulo 2011

Gil Giardelli, Pedro Dória e Rene de Paula.

Como de costume, o @midia8 reuniu algumas dicas publicadas pelo perfil do blog no Twitter durante um grande evento de social media e comunicação digital. Dessa vez, o evento foi o Social Media Week, o maior evento do planeta sobre o assunto. Confiram as dicas e compartilhem. =)

  1. A causa pode juntar as pessoas fisicamente e virtualmente (Caio Túlio Costa);
  2. As pessoas sempre discutiram esporte, por exemplo. O que acontece agora é que há um local para fazer isso 24 horas por dia: o Twitter;
  3. A internet é uma vitrine gigante onde todos estão vendo o que está acontecendo;
  4. O mais quente das redes é as pessoas se acharem, pessoas com os mesmos gostos;
  5. O mundo já vivia em tribos. O que a web fez foi facilitar o encontro dessas tribos (Caio Túlio Costa);
  6. As empresas tradicionais de comunicação não entendem e não querem entender que cada usuário hoje tem o poder de mídia;
  7. A academia não entende que o método de ensino e aprendizagem mudou, pois a comunicação mudou (Caio Túlio Costa);
  8. O que constrói o conhecimento é a troca constante;
  9. Quando não há moderação na rede um acaba achando que sabe mais que o outro;
  10. O trabalho em rede deve ser um trabalho de mobilização e não apenas a assinatura de um projeto (Caio Túlio Costa);
  11. A rede tem uma vocação, e essa vocação é a interação (Caio Túlio Costa);
  12. Transpor para a rede mecanismos antigos que não estão relacionados com a interação é um erro;
  13. Garanto que o jornal exclusivo para o iPad, de Murdoch, não dará certo por não existir interação (Caio Túlio Costa);
  14. A influência é a somatória de referências (Caio Túlio Costa);
  15. A velha mídia conseguiu matar a AOL (Caio Túlio Costa);
  16. O Egito pegando fogo e o Sarney é reeleito. A bravura da geração Y cabe em apenas 140 caracteres?;
  17. Como colocar o jornalismo ao lado da interação na rede? Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares;
  18. Mobilização na rede não é só Facebook ou Twitter. No Egito estão usando a telefonia fixa e até o fax para burlar a censura;
  19. O Google é um excelente modelo de negócio que acabou com os classificados tradicionais dos jornais;
  20. A rede é um ambiente aberto. O que ainda vale é o manual do bom senso;
  21. Liberdade de expressão é totalmente diferente de liberdade de ação;
  22. A internet quebrou a hierarquia da notícia e aproximou o mundo;
  23. As redes sociais são uma ferramenta construída pela humanidade, e a humanidade tem a comunicação como ferramenta principal;
  24. As redes sociais possibilitam a exploração de outros mundos;
  25. Você entra num elevador com 4 vizinhos e não rola um oi. Depois essas pessoas vão pro PC e twittam o tempo todo. Social, onde?;
  26. Social e ambiental não são diferenciais, são obrigações de uma empresa;
  27. O que estamos vivendo hoje foi um sonho realizado por alguém. Na web podemos refletir sobre nossos sonhos;
  28. Você não deve medir uma pessoa pelo número de seguidores no Twitter, mas sim pelas causas e ideais que essa pessoa defende;
  29. Se construímos a era da informação e do conhecimento e ela não resolve os problemas da humanidade, ela não serviu para nada;
  30. Discordo. Antes do instinto de coletividade vem o instinto da sobrevivência. Só depois o homem se uniu para sobreviver;
  31. Devemos deixar a hierarquia no sistema. A informação deve circular;
  32. Os problemas são fontes ímpares de riqueza. Se não fossem pelos problemas a humanidade não teria chego até aqui;
  33. A ação só acontece na medida em que eu me socializo;
  34. Quando uma empresa assume um erro nas redes sociais ela cria uma relação de confiança com o consumidor;
  35. Quando uma empresa assume um erro nas redes sociais ela cria uma relação de confiança com o consumidor;
  36. Não devemos só exigir o que é nosso. Devemos chamar o outro para a conversa. Não existem inimigos nessa história;
  37. O modelo tradicional de ensino é totalmente anti-social. O modelo professor x aluno é anti-social. O que salva são os intervalos;
  38. Estamos construindo a ferramenta da democracia participativa;
  39. O espaço social digital oferece diferentes formas de mobilização;
  40. Estamos passando da era da informação e do conhecimento para a era da sabedoria;
  41. O "faz um viral para mim" de ontem virou o "me coloca no "trending topics" hoje;
  42. As empresas precisam entender o poder do usuário nas redes sociais e se adaptarem;
  43. Pelo contrário: não é que a Brastemp não conseguiu agir. Ela não quis agir;
  44. As empresas deviam usar o Twitter p/ entenderem o que as pessoas realmente estão escrevendo, e não apenas como um local de divulgação;
  45. Um dos problemas do Twitter é que você nunca sabe onde está clicando, pois sempre usam encurtadores de url;
  46. Não tem um "lado" da Brastemp. Tem a versão "cliente e empresa", e a Brastemp não fez o mínimo para com o cliente;
  47. Não existe receita de bolo nas redes sociais, mas o bom senso empresarial deve prevalecer;
  48. Deixar as pessoas sem internet é como deixá-las sem comida;
  49. O Twitter é um excelente termômetro;
  50. O que o brasileiro faz nas mídias sociais: gosta de falar, de conversar, ao contrário dos ingleses que são mais limitados;
  51. Se os políticos realmente estivessem nas redes sociais eles não aprovariam o aumento do próprio salário;
  52. A quantidade de repercussões é que faz o Twitter ser representativo;
  53. Muitas pessoas dão RT só para fazerem parte de um grupo, de algo maior, mesmo não sabendo o significado da mensagem;
  54. Outro papel do Twitter é pautar a imprensa;
  55. Não adianta censura só a web. O Egito tomou US$ 90 milhões de prejuízo em 5 dias e milhares de manifestantes foram às ruas;
  56. A conta da empresa no Twitter reflete a opinião da empresa. A conta do funcionário reflete a opinião do funcionário... da empresa!;
  57. Como ter reflexão se há tanto investimento em superficialidade na mídia?;
  58. Na Inglaterra e em outros países da Europa as pessoas têm mais contato com os políticos, são pessoas "reais". Já no Brasil...;
  59. Devemos analisar o quanto que a gente quer de resposta real, de vingança ou de humilhação nas redes sociais;
  60. Muitas vezes, além de uma resposta, nós queremos vingança e até mesmo a humilhação de uma marca, produto ou personalidade;
  61. Com as redes sociais o que muda nas empresas não é só a gestão de marcas, mas também a gestão de cultura;
  62. Com as redes sociais o que muda nas empresas não é só a gestão de marcas, mas também a gestão de cultura;
  63. O mundo está se tornando horizontal e em rede;
  64. As empresas ainda estão iludidas com a possibilidade de controle;
  65. Você está falando com um consumidor ou uma pessoa? Um funcionário ou uma pessoa? Um investidor ou uma pessoa?;
  66. A empresa é um sistema vivo inserida em um ecossistema complexo;
  67. A rede social virou um diagnóstico da sua empresa. Ela expõe os problemas que antes eram escondidos;
  68. O modelo organizacional da empresa não colabora para que ela inove;
  69. As empresas são fragmentadas e as redes sociais são transversais. Só isso já é um problema;
  70. Como viver sendo visto 100% do tempo e de todos os ângulos? Com as redes sociais não há mais paredes;
  71. Toda empresa já está nas redes sociais, quer ela queria ou não. Seja de forma positiva ou negativa;
  72. Com as redes sociais ficou mais barato, fácil e gostoso fazer marketing;
  73. A tecnologia é muito mais rápida do que qualquer plano de marketing;
  74. A marca é muito maior que a empresa;
  75. Antes de se preocupar com as redes sociais você deve se preocupar com a sua empresa. Ela é uma boa empresa?;
  76. Antes de se preocupar com as redes sociais você deve se preocupar com a sua empresa. Ela é uma boa empresa?;
  77. Acabou a fase das empresas prometerem um produto e não poderem entregar. As marcas precisam entregar o que elas prometem;
  78. O indivíduo tem valores, as pessoas têm interesses. É um novo plano de conversa para as empresas;
  79. As marcas ficam entre teses e teorias, sendo que precisam focar a atenção nos consumidores, nas redes sociais;
  80. Quando os consumidores descobriram que havia um canal para entrar em contato e comprometer as empresas isso se tornou uma arma;
  81. As empresas estão em uma tendência de fazer tudo. Faça apenas o mínimo, mas faça com qualidade;
  82. A era digital é como sexo no colegial: muita gente fala, pouca gente faz e quem faz, faz mal feito;
  83. Mídias social é ambiente, não mídia;
  84. Estamos falando de um mundo novo com olhares antigos;
  85. As empresas precisam atender bem em todos os canais e não apenas em alguns específicos;
  86. Estamos em um ótimo momento para se discutir a comunicação. Alguns acham isso negativo, outros acham positivo;
  87. Quando a mídia social é apenas um avatar e não reflete a sua realidade isso passa a ser algo negativo;
  88. Não há mais tanto espaço entre o online e o offline. O problema é quando o online te afasta do mundo offiline;
  89. Não estamos vivendo uma era de mudanças, mas sim uma mudança de era;
  90. Os grandes pensadores da humanidade nem sequer sonharam com a web. Nós realmente estamos fazendo a nossa parte como todo esse poder?;
  91. Mania de achar que pedreiro e empregada são diferenciais quando têm celulares ou Twitter. Todos se comunicam, principalmente na rede;
  92. Acho interessante quando falamos que "estamos" batendo tantos usuários no Facebook. Estamos? Nós estamos?;
  93. Vídeo do case da KLM: http://goo.gl/FvLQe
  94. É muito simplório resumir a ação de uma empresa nas mídias sociais apenas em likes, RTs ou membros de uma comunidade no Orkut;
  95. Sensacional. De 2% a 5% do tráfego do Jovem Nerd vem do iG. Mais de 50% vem de tráfego direto;
  96. Outros dados interessantes: os blogs do Estadão já são mais acessados que o portal e a 3a. fonte de tráfego da Veja vem do Twitter;
  97. O portal do Estadão é uma mídia tradicional, pois mesmo estando em um ambiente online, ele nasceu na mídia tradicional;
  98. Já a mídia social é aquela em que o conteúdo é gerado pelo usuário;
  99. A mídia tradicional pauta a mídia social. Dos 10 termos mais citados no Twitter em 2010, 8 nasceram na mídia tradicional;
  100. A mídia tradicional pauta a mídia social. Dos 10 termos mais citados no Twitter em 2010, 8 nasceram na mídia tradicional;
  101. O Twitter para as redações vale mais pelo pulso do que as pessoas estão pensando e falando do que fonte de informação;
  102. Apenas duas capas das revistas Veja e Época citaram claramente as redes sociais em 2010;
  103. Mídia tradicional e mídia social possuem papéis complementares;
  104. É possível aumentar a influência das mídias sociais? Sim, mas ainda há a falta de conteúdo social de qualidade;
  105. A maioria dos grandes produtores independentes de conteúdo são fisgados pelos grandes portais;
  106. Apenas 8 dos grandes portais brasileiros representam 78% do tráfego no país;
  107. A reputação de marca (credibilidade) ainda pesa muito no consumo de informações na internet;
  108. Algumas pesquisas demonstram que os usuários consomem a informação nas redes sociais e depois checam a notícia na mídia tradicional;
  109. Expressões como "deu na Globo" ou "deu no New York Times" ainda possuem importância;
  110. O difícil da customização é não deixar o produto "pessoal" demais. Ele deve ser seu, mas também deve ser para os outros;
  111. João Ciaco comenta que a Fiat aprendeu muito com os erros que cometeu em uma ação nas mídias sociais;
  112. Não dá para pensarmos em carro da mesma maneira em que pensávamos antigamente;
  113. O carro "conectado" também é umas das visões das empresas automobilísticas;
  114. O carro elétrico é totalmente real e está disponível, ele só não é economicamente viável;
  115. Dá pra ouvir a opinião do cliente? Ouvir, sim. Conversar é outra história (João Ciaco);
  116. Diálogo pressupõe dinâmica e proximidade. As empresas ainda não estão acostumadas com isso;
  117. No caso do Fiat Mio colocamos a conversa aberta e livre. Corremos risco? Sim, mas funcionou (João Ciaco);
  118. O melhor do projeto Mio foi que áreas que não se falavam passaram a dialogar entre elas;
  119. Há uma área específica dentro da Fiat para o monitoramento e trabalho com redes sociais;
  120. A atividade cerebral de uma pessoa lendo um livro é totalmente diferente de quem usa o Google;
  121. Ações em social media precisam sair na mídia tradicional para ter credibilidade. Todo evento de social media é assim;
  122. Sempre demonstram ações revolucionárias e, logo em seguida, mostram onde a ação saiu na mídia tradicional. Isso traduz certo sucesso;
  123. A estratégia em mídia social é para qualquer marca? Não. Melhor resposta do evento até agora!;
  124. Se um funcionário quiser perder tempo, não adianta bloquear as redes sociais. Ele irá encontrar outra coisa para perder tempo;
  125. A web possibilita a diversidade de novos papéis. No palco case de gatos vendidos no Mercado Livre por pessoas de classe baixa;
  126. A web melhora o relacionamento pessoal porque é impessoal;
  127. Existe uma grande diferença entre um contato virtual e um encontro virtual. No encontro os contextos pessoais são considerados;
  128. 28% dos usuários americanos com iPhone checam o Facebook antes de sair da cama ao acordar;
  129. 48% dos americanos checam o Facebook logo que acordam;
  130. É bacana acessar o Facebook logo pela manhã ao acordar. O que não é bacana é almoçar com a família acessando o Facebook;
  131. Estamos confundindo conexão com amizade;
  132. Uma edição de domingo do New York Times contém mais informações do que um homem que viveu no iluminismo conquistou durante a vida;
  133. A vida é o nosso tempo. Tem gente que troca o tempo por dinheiro só para manter um status porque o vizinho mantém;
  134. O processo é o mesmo: alguém precisa de um produto e alguém vende esse produto. O que muda são as redes sociais para a conexão;
  135. Mobile significa internet. Internet significa mobilidade;
  136. Há todo um mercado para ser explorado no universo mobile. E não estamos nem no começo ainda;
  137. O usuário pode não ter grana, mas não é burro. Até mesmo os aparelhos mais piratas já são equipados com wi-fi;
  138. O tempo de uso e a frequência de uso do mobile são maiores do que na web;
  139. O Foursquare é muito mais do que um aplicativo; é um serviço;
  140. O grande problema no desenvolvimento de apps no Brasil ainda é a falta de investimento;
  141. Se você tem uma ideia e só pensa em aplicá-la na web corre o risco de tomar um não de um investidor logo de cara;
  142. Por que usar todos e imagináveis termos estrangeiros para falar de mídia digital?;
  143. Taxistas na Angélica, Paulista e arredores utilizam iPad no serviço. É só conferir;
  144. A diferença do usuário comum para o profissional de mídia digital: o usuário comum apenas usa o produto, sem blábláblá;
  145. O usuário comum não quer saber como funciona; ele apenas quer saber se funciona;
  146. Métricas fazem parte de todo o projeto, e não números só para se mostrar aos clientes no final da ação;
  147. Empresa não faz marketing por caridade, ela quer lucro. O financeiro não se importa com RTs ou views;
  148. Cuidado para não confundir ferramenta com estratégia; número de RTs com métrica;
  149. A grande dificuldade não é mensurar, mas saber o que mensurar;
  150. Redes sociais são muito mais do que RTs ou likes. São sensações e sentimentos dos consumidores;
  151. O ideal é uma integração do SAC com o Twitter;
  152. Todo game deve ter por princípio básico a diversão;
  153. Foco no objetivo da campanha. Será que aquele social game está alinhado ao objetivo da empresa?;
  154. A maioria dos social gamers no Brasil ainda estão no Orkut;
  155. A plataforma é o meio, não o destino;
  156. O interessante dos games sociais é que não são exclusivos de um segmento. Todas as faixas etárias jogam;
  157. O posicionamento é único. A marca é única. O que muda com as redes sociais é o surgimento de um novo canal de comunicação;
  158. O seu "eu digital" é diferente do "eu pessoal"? Vale a reflexão;
  159. Assim como o "eu pessoal", o "eu digital" deve respeitar o ambiente que frequenta;
  160. Você não é um leitor, um internauta ou um telespectador. Você está. É questão de momento;
  161. A web 2.0 está na mão de meia dúzia de empresas;
  162. A melhor maneira de ganhar dinheiro com a internet é fazendo evento sobre internet;
  163. Não importa o negócio que você esteja fazendo, você tem que entender de pessoas;
  164. As pessoas estão se definindo pelo consumo, pelo que elas consomem;
  165. O jornal no Brasil não está caindo; está crescendo;
  166. Projeto em social media é fácil de se começar. O problema é gerenciar;
  167. Tá rolando confusão. Ninguém disse que mídia social não serve para nada. O problema é o que você faz com ela, qual o uso;
  168. Tá rolando confusão. Ninguém disse que mídia social não serve para nada. O problema é o que você faz com ela, qual o uso;
  169. O mundo pede um novo jeito de fazer negócios em sintonia com a sociedade;
  170. As empresas precisam estar conectadas, principalmente com os jovens;
  171. Somos interdependentes em uma sociedade em rede;
  172. As pessoas podem não querer entrar nas redes sociais, mas já estão lá;
  173. A informação não tem como ser censurada, mas a internet sim. No Egito estão usando até fax e telefonia fixa;
  174. Não existe mais o on e o off. Estamos on o tempo todo;
  175. O que as pessoas querem? Diferença, tolerância, sustentabilidade, autenticidade, tecnologia e imediatismo;
  176. Devemos analisar como o nosso trabalho, conectado em rede, impacta a realidade da sociedade;
  177. A marca não é mais o que a empresa quer que ela seja. Hoje ela é a experiência vivida pelos clientes;
  178. Mais uma vez: as empresas estão achando que ferramenta significa estratégia;
  179. A questão não é deixarmos um mundo melhor para nossos filhos, mas sim filhos melhores para o mundo;
  180. O futuro das mídias sociais não está nas ferramentas ou na tecnologia, mas no comportamento dos usuários;
  181. Redes sociais em assuntos específicos se consolidam como tendência;
  182. A tecnologia ideal é aquela que é imperceptível no dia-a-dia das pessoas;
  183. Ver televisão é uma ação muito solitária. No futuro a TV deverá ser muito mais social;
  184. Agorismo: carga tão alta de informações onde não mais conseguimos enxergar o passado e o futuro;
  185. Colaboração existe desde que o homem surgiu. O que muda com as redes sociais é o grau de colaboração;
  186. Para os jovens não há filtro entre o on e o off. A conversa pode se iniciar em um tela e continuar pessoalmente sem diferenciações;
  187. Aprendizado fragmentado: informações consumidas em pílulas de 140 caracteres ;
  188. As pessoas ditam o que a marca será, e não mais as empresas;
  189. Top of mind dos jovens: Nike e Coca-Cola. Como se comunicar com os jovens sem ser uma Nike?;
  190. Quando alguém pergunta sobre os valores de uma empresa jovem, o presidente (jovem) responde: os de hoje ou de ontem? Dinamismo;
  191. As marcas precisam assumir erros, precisam pedir desculpas quando erram;
  192. Só colaboração não significa sucesso de uma ação com jovens nas mídias sociais;
  193. Assim como na vida real, nas redes sociais você está inserido em um grupo e por isso muitas vezes diz o que os outros querem ouvir;
  194. Interessante: as edições mais criticadas da Capricho nas redes sociais são as mais vendidas;
  195. Muitas vezes observar o comportamento físico do consumidor é melhor do que analisar suas interações online;
  196. Não produza conteúdo para diversas plataformas só para estar. Produza conteúdo de qualidade na plataforma em que seu público está ;
  197. O que um determinado meio tem para nos oferecer? Devemos analisar o que cada plataforma oferece como mensagem para o nosso público;
  198. Colaboração de verdade é o que a galera tá fazendo com as tomadas. Um ajudando o outro em prol de tweets para o dia todo;
  199. Todo evento de social media o Foursquare vira sinônimo de sequestro. Precisamos rever alguns dos nossos conceitos de digital ;
  200. Esse lance de colocar o Foursquare como o fim da privacidade é lenda. E as operadoras de cartão de crédito? Não sabem nada de você?;
  201. Se você não quer que algo fique online não o coloque na rede;
  202. Por muito tempo as marcas ainda irão fazer marketing através de descontos devido ao benefício imediato;
  203. 14% dos usuários de internet no Brasil acessam o Apontador;
  204. Geo-localização é muito mais do que um check-in. É a oferta de opções em tempo real de serviços durante o trajeto;
  205. Quando você fala de conteúdo colaborativo ainda devemos levar em consideração a relevância;
  206. O positivo do Twitter é a rapidez que ele possibilita para compartilhar algo;
  207. As pessoas estão blogando menos porque estão twittando mais?;
  208. Até que enfim alguém falou seriamente sobre o Egito. Hashtags não derrubam governos;
  209. Ativismo de sofá: dar RT e achar que está fazendo sua parte para um país melhor;
  210. Redes sociais são ferramentas de mobilização, faciltação de contatos, não de revoluções em si ;
  211. Todo mundo quer ser famoso em muitos lugares. O que a rede social faz é deixá-lo famoso dando muito menos em troca disso;
  212. As redes sociais aumentaram as possibilidades de você participar de mais de uma tribo ;
  213. Rede social é o grande canal de entrada da classe C
  214. Não existe mais espaço só para a mídia impressa pois a internet é ilimitada;
  215. A tendência é a internet em si ser a rede social, sem diferenciação do que é Facebook, Orkut, Twitter...;
  216. Se tornar relevante para o internauta e exibir credibilidade são desafios diários;
  217. Dá para ter uma empresa sem estar nas redes sociais? Sim, mas depende da visão da sua empresa, do seu objetivo;
  218. Dá para ter uma empresa sem estar nas redes sociais? Sim, mas depende da visão da sua empresa, do seu objetivo;
  219. Redes sociais estão sendo usadas como expositoras de problemas. Falar que um governo cai por causa de uma rede social é utopia;
  220. Redes sociais amplificam o poder da voz humana. Todos passam a ouvi-lo, mas a responsabilidade com essa maximização de poder é alta;
Bonin Bough, diretor global da área digital e mídias sociais da Pepsico.
Galera conectada no Social Media Week.
Por Cleyton Carlos Torres, jornalista e blogueiro.
Fotos: Cleyton Carlos Torres.
 

Como será a internet daqui a 10 anos?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Eu, você e todos nós no divã do Flávio Gikovate

Entrevista: conversamos com o psicoterapeuta e autor de sucesso sobre privacidade, redes sociais, propaganda, perfis fake, marcas e individualismo.

Por Adriana Azevedo

flavio_gikovate 

O Dr. Flávio Gikovate é médico psiquiatra e psicoteraupeuta, autor de 30 livros publicados, alguns também em inglês, italiano, espanhol, árabe e francês, que já venderam quase 1 milhão de exemplares.
Ele tem o dom de escrever sobre assuntos sérios em linguagem coloquial e atualmente apresenta o programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN, com participação do público. Veja mais sobre ele no fim do texto.
Para o profissional de comunicação e marketing, que trabalha com marcas e relacionamentos, ele nos ajuda a compreender as mudanças que estão acontecendo e como as pessoas reagem a elas de forma geral.
- Do ponto de vista psicológico, a propaganda tem o poder de manipular alguém ou apenas influencia?
- Acho que pode manipular e interferir na criação de novos desejos. Temos desejos inerentes à nossa biologia e a indústria produz bens de consumo nem sempre tão necessários e trata de acoplá-los aos desejos naturais, especialmente os de natureza sexual.
Interferem sim nos gostos, anseios e pretensões das pessoas. Nem sempre isso acontece na direção de produzir uma qualidade de vida mais gratificante.
- O século 21 está se notabilizando pelo fim da privacidade pessoal. As pessoas são vigiadas ou monitoradas dentro das empresas, dos edifícios, das lojas, dos restaurantes e em quase todos os lugares, até mesmo nas ruas. Quais os efeitos disso em seu comportamento? Como você vê o futuro? É o grande irmão de George Orwell que chegou ou está chegando?
- Acho que as pessoas estão muito pouco preocupadas com a perda de privacidade: o maior problema é que as pessoas estão preferindo se exibir e não querem mais qualquer tipo de intimidade maior que passe pela comunhão de segredos.
A maior parte das pessoas conta espontaneamente suas vidas nos Facebook e similares: como diria S. Bauman (sociólogo inglês autor de “A modernidade líquida”), as redes sociais são uma espécie de BBB ou revista Caras privativo; em seu Facebook cada um é celebridade para seus “amigos”. Estamos entrando em outros tempos, mas principalmente por força do exibicionismo predominante e não tanto por causa das câmeras de segurança, estas também cada vez mais necessárias.
- Você não acha que as pessoas que estão “preferindo se exibir” são uma minoria?
Acerca de ser uma minoria aquelas que querem se exibir cabe dizer que no Facebook existem 600 milhões de pessoas, quando são 2 bilhões os que estão na internet. Assim, não são minoria de jeito nenhum.
- O número de perfis fakes no Brasil é um dos maiores no mundo inteiro. O que leva uma pessoa não ser ela mesma na internet?
A maior parte das pessoas é sincera na internet. É claro que existem as que mentem, mas elas também o fazem na vida real. Acho que a internet reproduz as propriedades dos humanos de forma idêntica ao que se vê na vida real. O universo virtual e o real se parecem.
- O marketing vive de inovação e vem surgindo uma tendência Love Marcas 3.0, com pessoas com necessidade de se emocionar e profissionais preocupados em criar um laço afetivo com o consumidor, através das redes sociais ou por uma campanha na TV. O mundo está carente?
- O mundo moderno é muito mais individualista e as pessoas não estão preparadas para isso. O próprio fim da vida privada acaba por esfriar as relações de amizade verdadeiras e tornar todos os elos muito frouxos. As pessoas estão perdidas, deprimidas como nunca, usando drogas e álcool como nunca. Estamos indo mal e todo o mundo está rindo, não sei bem do quê!
- O marketing pessoal está cada vez mais presente na vida das pessoas através das redes sociais. O que você acha das empresas que começaram a usar o Twitter e o Facebook no seu processo de seleção? Você acha que através do perfil social de uma pessoa é possível traçar um perfil psicológico?
- Acho que pode ajudar sim. São novos meios de comunicação que estão indicando muito das características de cada pessoa. Porém, não creio que isso venha a substituir a entrevista pessoal, sempre mais abrangente.

A grande mudança ocorreu com a mulher

- Nos últimos trinta anos você escreveu 30 livros sobre a vida social, afetiva e sexual. O que mudou na sociedade nestas três décadas?
- O livro “Sexo”, que publiquei em 2010, é o último. Não escreverei mais nenhum. Isso porque as mudanças são lentas e, como regra, andam bem mais devagar do que os nossos pensamentos. Assim, muitos dos conceitos que defendi nos anos 70 acerca do amor passam a ser objeto de reflexão agora e ainda assim por poucas pessoas.
A própria separação que faço entre sexo e amor ainda é aceita por poucos, mesmo entre os profissionais de psicologia. Ou seja, as mudanças são lentas e esbarram em obstáculos intrapsíquicos maiores do que aqueles que eu imaginava. Assim, não adianta avançar demais nos conceitos (eu nem sei se conseguiria fazê-lo!) porque não serão de utilidade.
Assim, dedico-me, no momento, à divulgação do trabalho teórico completo que desenvolvi ao longo desses quase 45 anos de trabalho como psicoterapeuta e mais de 35 anos como escritor. Escrevi e reescrevi meus textos e esses livros são, de fato, talvez uns quatro ou cinco. Agora considero que meu trabalho de produção está completo porque é preciso ajudar as pessoas a avançar naquilo que a gente acredita que já é possível.
Do ponto de vista afetivo avançamos muito pouco. Do ponto de vista de costumes, na aparência há grandes mudanças mas na essência penso que a grande mudança mesmo aconteceu com as mulheres: tornaram-se, de fato, muito mais independentes tanto do ponto de vista financeiro como sexual e emocional. Os homens acompanham mal essa evolução e aí travam o próprio avanço delas, que não querem ficar sem parceiros. Estamos nesse impasse e os próximos anos dirão como é que essa questão irá se resolver.
- O que é inteligência emocional e de que forma uma pessoa comum pode estudar isso? É possível adquirir essa inteligência? Algumas pessoas já nascem com esse dom?
- Inteligência emocional tem a ver com maturidade emocional: é a capacidade de controlar emoções e sentimentos, agir de forma mais racional do que emocional, ter preocupação com os direitos das outras pessoas e também com o sentimento delas (inclusive sua vaidade).
É possível sim aprender a melhor se relacionar com as pessoas sem perder a força pessoal e nem mesmo deixar de cuidar também dos próprios direitos. É fato que algumas pessoas desenvolvem naturalmente essa capacidade de se fazer agradável aos olhos das outras pessoas, enquanto que outras talvez tenham que se preocupar mais com o fato de que aqueles que nos observam de fora nem sempre são capazes de “ler” com propriedade o que estamos pretendendo comunicar.
- Você é um dos poucos psicoterapeutas conhecidos pelo grande público por participar ativamente e assinar diversas colunas sobre o comportamento humano. O que motiva o seu trabalho?
- Sou médico psiquiatra e psicoterapeuta. Escrevi ideias novas e que considero relevantes. Estou “na estrada” há décadas e com um número crescente de seguidores. O que sempre me moveu foi o desejo de divulgar minhas ideias que considero relevantes para o bem estar das pessoas. Meu trabalho principal, como psicoterapeuta, sempre esteve em primeiro lugar e toma a maior parte do meu tempo. É minha vocação maior e minha maior fonte de inspiração. Minha preocupação com a divulgação do trabalho está ligada ao desejo de contribuir para que as pessoas nem sempre portadoras dos meios materiais para se submeter a uma terapia individual possam aprender ao máximo. Não tenho interesses pessoais na divulgação, pois minha clínica privada é cheia há décadas. Talvez uma pequena pitada de vaidade se associe ao genuíno anseio de ajudar as pessoas a se conhecer melhor.
- Na novela Passione você participou como você mesmo. Como foi essa experiência do seu ponto de vista?
- Foi fascinante e muito sofrida. Não sou ator e nem mesmo sei decorar frases que eu ajudei a escrever. O Silvio de Abreu é meu amigo mais querido e não resisti quando ele me convidou. Tive medo, pois arriscava bastante uma reputação que construí dia após dia ao longo dessas décadas. Porém, acredito que o resultado foi positivo e compensador.
- Do ponto de vista do consumo, se você pudesse fazer uma projeção do futuro, como vai estar a sociedade daqui a 20 anos?
- Não creio que se possa saber. Penso que se o bom senso prevalecer haverá uma tendência a que as pessoas se tornem mais seletivas, ou seja, que consumam o que necessitam e também o que desejam muito.
Penso que o consumo de “impulso” tenderá a diminuir por força da diminuição do poder aquisitivo e talvez também em função da maior conscientização de que temos que diminuir a poluição e a destruição do planeta. Tomara que eu esteja certo!
- Será que vem por aí uma versão real do Age of Aquarius com a conscientização global pela saúde do planeta?
- Pode ser que sim, mas penso que é mais que tudo uma vontade das pessoas de bem que isso aconteça. Não há sinais de que isso esteja muito próximo de acontecer.
- Cada vez mais os jogadores de futebol famosos não sabem lidar com a própria imagem. Você participou da era da democracia corintiana e encarou o desafio de comandar o time psicologicamente. Como foi essa experiência? Falta terapia no futebol? Ou estamos cada vez mais preocupados em vender produtos esportivos sem de fato respeitar o atleta como ele é?
- O tema é complexo e é claro que jovens de origem humilde e pouco preparados psicologicamente para o retumbante sucesso que têm e para o volume de dinheiro que lhes chega em idade muito precoce é um problema que tem que ser levado em conta.
Os clubes se preocupam pouco com isso porque é complicado incluir mais esse personagem, o do profissional de psicologia, num grupo onde a liderança tem que ser partilhada entre o treinador e o dirigente do clube. No Brasil, psicologia nos esportes só será a regra caso os clubes se tornem empresas. Essa é a minha visão.
………………………………..
Flávio Gikovate em 1966 se formou médico psiquiatra pela USP (Universidade de São Paulo) e foi assistente clínico do Institute of Pschiatry na London University, em Londres. Em 1970 teve uma certeza: nunca se filiaria a escolas ou aceitaria doutrinas acadêmicas. Isso não quer dizer, claro, que não sofreria influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como escritor, no entanto, em 43 anos de carreira, têm sido os seus próprios pacientes. Cerca de 8 mil já passaram pelo seu consultório.
Assim como Erich Fromm, Carl Rogers e Erik Erickson, psicoterapeutas e escritores contemporâneos, Gikovate tem tido sucesso em escrever textos sérios em linguagem coloquial. Seus 30 livros publicados já venderam quase 1 milhão de exemplares. Schopenhauer e o filósofo grego Epíteto são alguns dos pensadores que exerceram alguma influência em suas obras e Jose Ortega y Gasset (filósofo espanhol, que morreu no início dos anos 1950) foi quem mais o encantou pela forma simples e clara de se expressar.
Desde o início da carreira, Gikovate dedica-se essencialmente ao trabalho de psicoterapeuta. Escrever foi uma forma de transferir conhecimento e ajudar pessoas a entrar num ciclo de evolução. E faz isso com muito prazer. Em 1977, foi convidado pela revista Capricho para escrever sobre sexo e amor. Em seu primeiro artigo, no auge do lema “sexo, drogas e rock’n roll”, ele já separava sexo de amor.
Em 1979, deu uma entrevista de 11 páginas para a revista Playboy, ao jornalista Ruy Castro. A matéria estarreceu muita gente. De 1980 a 1984, assinou uma coluna semanal na folha de São Paulo, e de 1987 a 1999, uma página mensal na revista Claudia.
De 1982 a 1984, aceitou um convite que gerou grande polêmica na época. Em plena era da democracia corintiana, ele encarou o desafio de comandar o time psicologicamente.
Entre 1991 e 1992 apresentou os programas Canal Livre e Falando de Verdade, na TV Bandeirantes. Seu site recebe dúvidas e questionamentos de pacientes, leitores, admiradores e críticos.