A rápida disseminação das mídias sociais pelo mundo tem levado à distorção do entendimento do que é ser influente.
Para muitos que participam de redes como Facebook, Twitter e Orkut, ter milhares e milhares de seguidores ou amigos é sinônimo de influência, o que não é verdade.
Hoje apenas 7% dos internautas participam ativamente da Internet com comentários e retweets e somente 1% produz conteúdo. Isso quer dizer que a avassaladora maioria de perfis existentes é passiva.
Não basta ser popular para exercer influência. Há centenas de perfis do Twitter que possuem muitos seguidores sem nunca ter publicado sequer um tweet. Ou seja, em casos como este não há uma interação entre seguidores e seguidos. Não há o chamado “boca a boca virtual”, quando uma ideia ou discussão é passada a diante como uma espécie de corrente.
Um usuário de rede social só pode ser considerado influente quando as informações que publica em seus perfis transmitem confiança e autoridade, quando se estabelece uma espécie de vínculo afetivo com seus seguidores. Ele precisa atuar como formador de opinião, divulgando informações e conduzindo ações relevantes e substanciais para as comunidades com as quais se relaciona na web. Enfim, a influência vem da avaliação social do público em relação a uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização; é exercida pela afinidade de perspectivas, pelo respeito e pelo merecimento.
Já existem ferramentas e métricas que possibilitam aos profissionais que trabalham com redes sociais mensurar a influência de uma marca nas mídias sociais. A mais conhecida é o Twinfluence, que considera parâmetros como abrangência (ou alcance), centralização, velocidade e “capital social” (valor gerado através das interações sociais), ou seja, avalia o comportamento online dos seguidores e dos seguidores desses seguidores.
Outro exemplo é o Klout, que faz uma análise semântica do que é uma pessoa/empresa posta no Twitter para medir sua influência sobre determinado assunto. A ferramenta pode medir, por exemplo, a satisfação de consumidores e o posicionamento da concorrência, além de, assim como o Twinfluence, determinar o alcance das ações desenvolvidas na rede social.
O segredo para ser tornar influente nas mídias sociais está em buscar seguidores que participem ativamente dessas redes passando adiante mensagens que fomentem discussões e reflexões sobre temas que despertem o interesse dos internautas. Com isso, sua influência será proporcional à quantidade de vezes e de pessoas que reproduzem a sua mensagem.
Foi a partir desse pensamento que os estrategistas de marketing de Barack Obama transformaram o Twitter em uma poderosa ferramenta de construção de imagem, fazendo dessa mídia um verdadeiro palanque eleitoral que aproximou o então candidato à presidência de seus eleitores. Cases como este atestam que a influência que realmente agrega valor está ligada à qualidade, e não à quantidade. A quantidade de seguidores será, neste caso, consequência da repercussão de suas publicações, e não um falso reflexo de sua influência.