quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Empresas com DNA social tornam-se mais ágeis

Adoção de soluções colaborativas é feita de maneira gradual, até modificar o jeito de fazer negócios dentro da companhia
 


Estudo do Gartner sobre o uso de software social e de colaboração no segmento empresarial mostra que o conceito de collboration ajudará a transformar, nos próximos anos, a maneira como as corporações lidam com o trabalho. As mudanças impactarão de forma radical algumas aplicações tradicionais de negócios na forma como são conhecidas atualmente.
Daqui a quatro anos, aponta a pesquisa, "serviços de redes sociais substituirão o e-mail como veículo primário de comunicação interpessoal para 20% dos usuários empresariais". Mas a grande diferença das aplicações que vão ganhar espaço, ainda segundo o estudo do Gartner, é que elas terão mais o DNA de social solution.
Como o mercado não está acostumado com a nova forma de trabalhar herdada das redes sociais, boa parte das soluções ainda será baseada em demandas de TI, sem contemplar o modelo de social networking propriamente dito. Um aviso aos navegantes: para especialistas do Gartner, apenas 20% desse tipo de aplicação vai vingar, em contrapartida aos 50% das soluções baseadas realmente numa estratégia 2.0.
Os programas de colaboração são atualmente as aplicações empresariais com maior demanda. Em estudo feito neste ano pela IBM com CEOs, 98% deles afirmaram que a inovação por meio da colaboração constituía a principal prioridade das empresas. Outra razão para a adoção está na crescente mobilidade do colaborador. De acordo com a mesma pesquisa, 90% dos funcionários trabalham distante da matriz e 60% estão alocados em lugares diferentes de seus gerentes. Esse é um ambiente ideal para a adoção do modelo colaborativo.
A criação de um DNA de colaboração não acontece da noite para o dia, é necessário um passo inicial e o amadurecimento vem de forma gradual. Na Chemtech, empresa do grupo Siemens, por exemplo, a adoção do conceito começou na intranet em 2006. Em 2008, veio a inserção nas redes sociais propriamente ditas. Hoje, a companhia está presente no Facebook, LinkedIn, Orkut e Twitter.
Esta é a terceira reportagem do especial de colaboração veiculado pelo IT Web. Clique aqui e veja as matérias já publicadas
"Atualmente, todos os 1,2 mil funcionários aderiram, considerando todos os serviços oferecidos", explica Daniele Rivera, líder em comunicação da Chemtech. A executiva lembra que não necessariamente um funcionário usa todos os serviços simultaneamente.
As maiores adesões são para a ferramenta de classificados, a plataforma de sugestões "Fala Chemtecheanos", mural de fotos, intranet e carona online. A atividade colaborativa produz cerca de 50 posts mensais para cada serviço oferecido. As soluções envolvem aplicações que rodam em diferentes ambientes (intranet, internet e celular).
Foi no sentido de viver cada vez mais a realidade 2.0 que a Algar Tecnologia resolveu implantar uma solução de colaboração para azeitar a comunicação entre seus funcionários e clientes. Implementada a partir do software iNotes, da IBM, ela promove a integração de mensagens entregues no celular ou pelo computador.
A infraestrutura completa que funcionará na Algar inclui também comunicação ponto-a-ponto por vídeo e voz, videoconferência e diversas ferramentas de redes sociais via web. Esse formato de colaboração on-line permite o acesso às ferramentas do iNotes, como correio eletrônico, agenda, mensagem instantânea e compartilhamento de arquivos, garantindo mobilidade e flexibilidade aos usuários.
Segundo Luciano Rodrigues, coordenador de serviços de TI da Algar Tecnologia, com a implementação, foi possível preparar a força de vendas para o mundo da colaboração e abrir novas oportunidades nas unidades de negócios. O uso de softwares de integração entre usuários permitiu, de acordo com ele, ser mais inovador e competitivo no mercado.
Fonte: ITWeb

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MVNO: analistas fala sobre modelo de negócio

Na expectativa de uma regulamentação, o mercado brasileiro de operadoras móveis virtuais tende a ser beneficiado pela decisão da Anatel que, conforme especialistas, deve priorizar sua autorregulamentação.

"Isso vai favorecer sua expansão, contrastando, por exemplo, com o que aconteceu no Chile, onde o órgão regulador (SubTel) foi tão duro que até agora somente há uma MVNO no país", lamenta Luiz Cuza, presidente da Telcomp, Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas. A Anatel já liberou a consulta pública e os interessados tiveram até o dia 22 de março para fazerem suas propostas.
"Existem várias formas de definir o modelo de negócios que será adotado entre as empresas da cadeia e a Anatel. Por exemplo, ainda não sabe quanto da rede do operador deve ser destinado ao MVNO", comenta Bruno Baptista Neto, analista da Frost & Sullivan para América Latina. De acordo com ele, cada país adota um padrão. Na China, por exemplo, se determina que cerca de 30% da capacidade da rede deve ser dedicada às MVNOs, enquanto nos Estados Unidos o comércio é livre.
Outros temas que serão afetados com as regras da Anatel se relacionam com compromissos de qualidade que devem ser seguidos pelas partes envolvidas, terceirização do atendimento, a questão dos impostos que incidirão sobre cada serviço, entre outras. "No primeiro ano, a Anatel deveria deixar o mercado livre para que operadoras e MVNOs cheguem a um acordo sobre preços, interferindo na negociação mais tarde e somente se for preciso", pondera Cuza, da Telcomp. Neto, da Frost, enfatiza ainda que, na teoria, em outubro deste ano o mercado já deveria estar regulamentado. Mas, como é um ano eleitoral, as decisões devem ser colocadas em prática somente em 2011.
Independente das regras, no entanto, o Brasil tende a ser tão atraente que pode, inclusive, impulsionar o crescimento de toda América Latina. "Operadoras globais como Virgin e Lebara devem fincar sua bandeira localmente para depois expandir o trabalho para outros países latino-americanos, entre eles Argentina, Colômbia e México", estima o presidente da Signals Telecom, José F. Otero.
Já os principais interessados nacionais no avanço do mercado pertencem a segmentos como bancário e varejista. Para Otero, o Banco do Brasil, Carrefour e Pão de Açúcar tendem a ser os primeiros a aventurar-se. Porém, estas empresas terão de lutar para encontrar um operador de rede (também chamados de MNO - Mobile Network Operator) disposto a alugar sua estrutura e a assinar um contrato com condições vantajosas para os dois lados.
Luis Minoru Shibata, diretor de serviços consultivos da Promon Logicalis, explica que, no caso das empresas de varejo, a grande vantagem é que elas já compram tempo de mídia para fazer propaganda, ou seja, já têm um gasto específico com publicidade. Também já possuem custos de logística, centros de atendimento e sistema de pagamento, assim a linha de telefonia móvel seria um produto a mais dentro do portfólio. "O varejista também pode criar modelos cruzados, permitindo, por exemplo, que o cliente converta horas de uso do celular em vales-compra ou vice-versa", avalia Minoru.
Do lado das operadoras, a grande vantagem é aumentar a penetração em regiões geográficas e setores onde não atuam, além de melhorar o atendimento a clientes que possuem diferentes poderes aquisitivos. Minoru acredita que chegar a cidades menores com fibra representa um gargalo importante às grandes empresas e o mercado de MVNO tende a impulsionar as parcerias que permitam aproveitar as demandas desses locais. "Com uma marca única é difícil atender a esta segmentação de mercado e de pessoas, pois requer diferentes custos de administração, linhas de receita e investimentos em TI", analisa o especialista.
Atenta a essas vantagens, a Telefônica*, no Brasil, anunciou, recentemente, a intenção de atuar como operadora móvel virtual com a sua marca, por meio da infraestrutura de rede da Vivo. A proposta vai de encontro às exigências da Anatel, que não permite que as operadoras tradicionais usem as redes de suas concorrentes para atuar como MVNO.
*Como a reportagem foi escrita antes da venda do controle da Vivo para a Telefônica, pode ser que, agora, a companhia tenha redesenhado sua estratégia diante da liberação de operadoras virtuais no País.
Reflexo global
Os propósitos da Telefônica refletem o sucesso de uma estratégia mundial, onde a companhia atua com dois tipos de operadores móveis virtuais. O primeiro deles aluga um espaço em sua infraestrutura para alojar conectividade de rede própria, sendo alguns exemplos desses acordos as alianças mantidas com a ONO, Fonyou, Barablu e Digimovil. Além disso, também há parceiros, como Telecor e Zeromóvil, que se apoiam não somente em sua rede, como também na estrutura de TI, já que desejam vender o serviço de telefonia.
Uma das iniciativas mais bem-sucedidas do grupo envolve as atividades da Telefônica Europa, divisão de negócios da companhia com sede no Reino Unido e que possui cerca de 49,2 milhões de clientes para sistemas de telefonia móvel e fixo. Essa unidade de negócios trabalha com soluções móveis no Reino Unido, Irlanda, Alemanha, República Checa e Eslováquia, usando a empresa de telefonia inglesa O2 como sua marca para o consumidor final.
Específica para o Reino Unido e Irlanda, a Telefônica Europa conta com uma joint venture com o operador móvel virtual Tesco Mobile, da qual também faz parte a O2, para a oferta de celulares em supermercados. "Esse acordo nos permite conquistar consumidores com perfil mais familiar, o que não representa nossa área de atuação tradicional", esclarece um porta-voz da Telefônica Europa que não quis identificar-se. Ele lembra que, em dezembro de 2005, somente seis meses depois do lançamento da aliança, a empresa atingiu uma base de 1 milhão de clientes para soluções pré-pagas. Até dezembro de 2008, a base aumentou para 1,7 milhão de usuários.
A O2 também atua na Alemanha por meio de acordos com as empresas Hansenet Fonic (da qual é dona), Tchibo (com quem tem uma joint venture), Schlecker, M-Net, KDG e Lokalisten. "Parceiros de negócios fazem parte de nossa estratégia de crescimento, pois conseguimos atingir clientes diversificados", justifica Lloyd Simon, diretor de comunicações com a mídia da O2, apontando a aliança com a Tchibo como exemplo desta afirmativa, já que permite reforçar presença entre mulheres e em grupos de pessoas com mais de 40 anos.
Parceiros potentes
Outra operadora que aposta em alianças para diversificar atuação é a Orange (France Telecom), presente na área de MVNOs desde 2006. Na época, a empresa firmou um acordo com a The Phone House, cadeia de produtos de telecomunicações atuante em toda a Europa, para o lançamento de um operador móvel virtual na Espanha.
Com 6,3% da base de clientes proveniente de acordos com MVNOs, hoje, a Orange também trabalha com redes varejistas como o Carrefour e Dia, assim como com as operadoras móveis Jazztel, Simyo, MásMovil entre outras. Neste sentido, a empresa aponta a possibilidade de aperfeiçoar o uso de sua rede e atingir nichos de mercado específicos como as principais vantagens da estratégia. Por meio de sua estrutura, dá serviço a cerca de 752 mil usuários de operadores móveis virtuais, em comparação aos 533 mil do ano passado.
Uma das parcerias da Orange, a MásMovil, existe há quatro anos e foca seu trabalho em clientes de 25 a 45 anos, com carreira universitária, de classes média e alta na Espanha. "Queremos reforçar o trabalho entre pequenas e médias empresas", destaca o presidente, Meinrad Spenger, lembrando que a empresa possui cerca de 100 mil clientes.
Ainda na linha de acordos para variar os públicos-alvo, está a aliança firmada em 2006 entre as belgas Mobistar, operadora de telefonia, e Telenet, focada em serviços de cabos de banda larga. O objetivo foi, de um lado, permitir que a Mobistar aumentasse sua participação de mercado, atingindo setores onde até então não atuava e, de outro, viabilizar que a Telenet oferecesse telefonia móvel como um serviço adicional à sua carteira de clientes. A aliança foi bem-sucedida e as empresas decidiram ampliar o contrato, no começo de 2009, de maneira que a Telenet criou seu próprio MSC (mobile switching center) para oferecer serviços de convergência diretamente ao mercado. Já a operadora começou a usar a rede de fibra ótica da parceira para otimizar o atendimento ao cliente. Válida até 2012, a aliança prevê que a Telenet poderá aumentar os negócios com serviços móveis de voz e dados, com suporte da infraestrutura de rádio da Movistar, além de vender seus smartphones. O CEO da Telenet, Duco Sickinghe, explica que as iniciativas fazem parte da estratégia de passar a atuar em todos os segmentos de mercado de telefonia fixa e móvel e também na área de convergência.
Realidade ainda distante para o Brasil, a Telenet planeja aliar seu trabalho como operador móvel virtual às tecnologias de 4G e LTE. A empresa, que já conseguiu a licença para atuar nessa faixa de redes, será a primeira na Bélgica a abordar o mercado com essas tecnologias. Assim, de março a setembro deste ano, contará com um período de testes por meio de um equipamento 4G ainda não disponível comercialmente, que permitirá avaliar o quanto essas tecnologias complementam e melhoram sua oferta de soluções.
Nessa fase de provas, a companhia garante que os usuários poderão desfrutar internet móvel até dez vezes mais rápida e tempo de resposta até três vezes mais veloz. Sickinghe acredita que a medida vai beneficiar principalmente o tráfego de programas para jogos online, televisão em tempo real, serviços interativos de vídeo, videoconferência e de aplicações para carros. De acordo com ele, se o período de testes for bem-sucedido, a Telenet passará a comercializar o espectro.
Fonte: ITWeb

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Email marketing: uma questão de interatividade

Integrar as redes sociais a ações de mídia digital é uma saída para quem quer fazer uma  nova forma de comunicação

 
Facebook e twitter. Essas são algumas das palavras que mais ouvimos em nosso dia a dia quando falamos em redes sociais. E junto com elas, vem acompanhado um dos termos também mais usados na era da web 2.0: interatividade. O Facebook soma 400 milhões de usuários no mundo, segundo a própria rede. O mercado nacional é o país com maior adesão a redes sociais do mundo. Um estudo divulgado pela Nielsen, feito com dez países, incluindo Estados Unidos, França e Alemanha, mostra que 86% dos internautas brasileiros utilizam algum tipo de rede social.
Essas plataformas foram desenvolvidas com o propósito de promover relacionamento pela web. Pessoas buscam outras para criar e manter amizades por meio de comunidades, onde gostos e preferências ficam evidentes. Paralelo ao mundo real, onde não é tão fácil encontrar seres humanos com interesses em comum, a web funciona como um recurso que dá vazão a essa sinergia e interatividade. De olho nas redes sociais como um filão para relacionamento, as empresas começam a investir nesse meio para propagar suas marcas de maneira mais segmentada.
De acordo com o Yankee Group, uma empresa de análises de mercado que produziu uma pesquisa para a Siemens Enterprise Communications, a maioria dos consumidores busca interação com as empresas por meio de redes sociais como Facebook e Twitter, mas apenas 30% das companhias estão preparadas para atuar nessas plataformas.
Isso é um dado que chama a atenção, uma vez que também evidencia o interesse dos consumidores em interagir com as marcas pelas redes sociais. Com base nesse cenário, ferramentas de comunicação online estão cada vez mais integradas com essas redes para “turbinar” esse contato. Uma delas é o email marketing, que vem ganhando mais maturidade e notoriedade no mercado brasileiro. Por conta da insistente e significativa mudança que esse canal vem trazendo em relação ao conceito de spam versus segmentação de conteúdo com relevância, as redes sociais integradas ao email marketing vêm contribuindo para uma nova forma de comunicação.
Vivenciamos uma fase em que o email marketing começa a ser aplicado como ferramenta de segmentação para relacionamento – muito além da venda em si. Estar alinhado ao conteúdo “exigido” pelos adeptos das redes sociais, de forma automatizada, é um dos fatores que apoiam a ascensão da fidelidade dos públicos em relação às marcas. Segundo pesquisa da Anderson Analytics, que analisou a demografia e psicografia de usuários de redes sociais no Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn, quando se trata de marcas no ambiente das redes sociais, 52% dos usuários adicionaram a marca como amigo ou se tornaram fã de pelo menos uma delas, 17% consideram positiva a presença de uma marca nas redes sociais e 20% gostariam de ver mais comunicação das marcas nessas redes.
Os dados comprovam uma demanda evidente dos usuários em relação a um contato mais próximo com as marcas que são de sua preferência. Nesse ponto, há dois desafios: o de ampliar a comunicação nas redes sociais e o de conquistar adeptos de uma marca por meio delas. Em ambos, a importância da continuidade no relacionamento por meio das redes sociais é vital. Seguindo o fluxo de comunicação que deve ser implantado nas ações de email marketing, o mesmo deve ser usado para o contato com usuários de interesse de uma marca nas redes sociais.
O email marketing, quando realizado com base nas boas práticas de comunicação, de acordo com princípios éticos de responsabilidade e adequação de conteúdo junto ao target almejado, ou seja, condizente ao seu perfil, traz resultados que elevam o ROI (Return on Investiment). Com as redes sociais o princípio é exatamente o mesmo, ou seja, quem aceita receber algum tipo de mensagem e adiciona a marca em sua rede é o próprio usuário. No email marketing, a receita segue os mesmos princípios e quem envia campanhas com base em opt in ou soft opt in já está um passo a frente e é provável que se enquadre nessa parcela de 30% de empresas preparadas para seguir ações relacionadas aos interesses de quem deseja realmente receber o que se envia.
É preciso entender que as redes sociais não estão aqui de passagem, merecem atenção, pois devem permanecer por um longo tempo, até que venha uma nova era, mas que sem dúvida, continuará sendo ainda mais interativa. Cabe aqui ressaltar que as redes sociais farão parte de algo que começou e que deu certo apenas para alguns: aqueles que souberam mudar sua cultura organizacional, que se adequaram a uma nova geração, que trouxeram conteúdo relevante a quem quer recebê-lo e que, principalmente, fizeram uso de plataformas que ensinaram esse processo anteriormente e que puderam propiciar a integração de dois mundos – ações digitais e interatividade –, os quais, embora pareçam semelhantes, não são iguais em sua essência.
Veruska Reina (CMO da VIRID Interatividade Digital, empresa líder especializada em gestão e envio de email marketing, proprietária das plataformas Virtual Target e Zartana)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Exemplos de ações de empresas em mídias sociais

Ações da Nokia, Dell e Coca-Cola em mídias sociais norteiam profissionais de marketing e comunicação ainda pouco experientes no relacionamento online. 

 
O sucesso de uma empresa depende também do relacionamento que ela mantém com seus clientes. Além de vender, é preciso fidelizar. E com o advento das mídias sociais a Internet tornou-se um novo espaço de aproximação entre marcas e clientes.
Através de blogs e perfis em ambientes muito frequentados como no Orkut, Twitter, Facebook e YouTube, entre outros, é possível compartilhar conteúdos, novidades, opiniões e experiências.
A presença de uma empresa na Internet reforça e dissemina os valores da marca e facilita a participação do seu público alvo, abrindo espaço para a conservação e a comunicação dirigida.
Mas não basta estar, é preciso saber estar e interagir. Um estudo divulgado este ano pela Associação Comercial de São Paulo mostrou que apenas 17% das empresas paulistanas têm cadastros ativos em mídias sociais. (Veja mais em Pequenas empresas ainda longe das redes sociais).
Estes números comprovam que é fácil criar uma conta, o difícil é mantê-la atualizada.
Quem trabalha como analista de mídias sociais precisa conjugar diversos conhecimentos, como conhecer as potencialidades e limitações dos sites de redes sociais, saber qual o perfil e as expectativas dos seus clientes, entender o que eles buscam nestes espaços, definir objetivos de comunicação nesses canais, planejar ações, ficar atento às novidades e escolher a melhor forma de interagir com o público.

Não corra do seu cliente online

A presença de uma marca nestes espaços implica estar ativo e também receptivo. Dúvidas e reclamações sobre os serviços prestados pela empresa vão surgir e, neste tipo de situação, ficar calado pode gerar um sentimento de indignação no consumidor.
A empresa pode escolher em dar o retorno publicamente ou através de contato direto via e-mail ou telefone, mas o importante é não fugir do consumidor.
Cedo ou tarde ele vai voltar à rede social e agradecer a atenção ou elogiar o seu produto. Mas se você o ignorar ele vai espalhar a sua insatisfação e isso poderá impactar nas suas vendas, pois a troca de opiniões em redes sociais influencia fortemente na decisão de compra do cliente.
Com a facilidade de acesso à Internet cada vez mais as pessoas pesquisam um produto ou serviço antes de ir até a loja para adquiri-lo. Acessam blogs, sites e, claro, as redes sociais para ver quais são as vantagens e desvantagens do produto.

Siga o exemplo das grandes marcas

Se a marca não é muito conhecida pode-se criar promoções e concursos para ganhar amigos/seguidores e ir investindo em conteúdo interessante sobre o seu segmento de mercado.
Se a marca é conhecida, certamente seus fãs já criaram uma comunidade no Orkut para expressar seu amor. A Coca Cola possui uma comunidade chamada “Eu Amo Coca-Cola” que possui mais de 300 mil membros.
Nesses casos uma boa saída é se relacionar com o administrador da comunidade e interagir com os participantes.
Uma ação feita pela Nokia, chamada de Nokia Guru, reúne os fãs de seus aparelhos para ajudar a empresa a responder dúvidas de usuários que se relacionam com a marca das mídias sociais.
A recompensa pelo esforço vem através de prêmios que são dados todos os meses ao participante de cada categoria que fizer o maior número de pontos. Ideais como essas não aumentam apenas o capital social da marca na Internet, mas também se reverte em satisfação dos clientes e no aumento das vendas.
O perfil da Dell no Twitter é outro exemplo de empresa que exemplo sabe fidelizar seus clientes através do contato direto com seus mais de 23 mil seguidores.
A Camiseteria, empresa que vende camisetas com estampas exclusivas feitas por designers de todo o Brasil, criou um perfil no Twitter chamado SAC Camiseteria apenas para responder as dúvidas dos seus clientes.
A confiança com o cliente é construída através de respostas rápidas e do acompanhamento diário feito por um especialista no assunto. O grande erro de muitas empresas é pensar que qualquer pessoa sabe usar as redes sociais para promover uma marca.
Estar atento as novidades do mercado e contratar especialistas no assunto vai ajudar a sua empresa a se posicionar corretamente nas mídias sociais e conquistar e manter o prestígio junto aos seus consumidores. 

Caçadores digitais de talentos

É perceptível a todos que o “mundo tecnológico” nos aproxima, cada vez mais, uns dos outros. Atentos aos avanços tecnicistas em todas as áreas, nós, profissionais de Recursos Humanos, que atuamos com e para as pessoas, somos impelidos a buscar formas de estreitar essa relação em todas as esferas de nossa atividade profissional.


Quando atentamos para o ciclo do capital humano nas empresas e olhamos para o início desse processo, que é o recrutamento de profissionais, estamos descobrindo novos e interessantes instrumentos de informação e atração de candidatos por meio das redes sociais virtuais.
Considerando que essas redes se fazem a partir das pessoas e por elas são disseminadas, temos aí uma vasta fonte de divulgação de interesses, preferências, experiências, contatos, crenças, valores etc. Além disso, as pessoas expõem publicamente nas redes e criam network, o que também demonstra algo do que são, como pensam, como agem, do que gostam e o que querem.
Os recrutadores, até bem pouco tempo atrás, tinham apenas o currículo de um profissional para analisar e talvez a referência de alguém que indicava esse profissional no início de um processo seletivo. Hoje, as redes sociais abriram a possibilidade de avaliar, antes de uma entrevista, aspectos mais pessoais do candidato, objetivos de vida e carreira, rede de contatos estabelecida, aspirações, entre outros relevantes aspectos.
Além disso, essas redes têm possibilitado chegar mais facilmente a um contato e identificar possíveis candidatos que talvez, não responderiam a um anúncio de emprego tradicional. Com isso, o processo de busca de profissionais acaba por tornar-se mais rápido, e as etapas seguintes de um processo seletivo são cumpridas em um menor espaço de tempo e com um custo muito baixo.
É importante notar que as redes sociais apresentam-se como um recurso a mais a compor o processo de recrutamento, que não deverá dispensar um aprofundamento do contato inicial, quando o recrutador, em reuniões pessoais com o candidato, poderá checar as informações inicialmente levantadas e perceber se, efetivamente, trata-se de um perfil relevante.
Outro aspecto importante no recrutamento pelas Redes Sociais é que a própria empresa ao utilizá-las para divulgar suas oportunidades de trabalho, poderá apresentar suas políticas e processos, cultura, objetivos organizacionais, interesses e desafios, atraindo candidatos e afastando aqueles que não se identificam com a companhia.
Essa visibilidade da empresa contribui, sem dúvida, de maneira muito significativa para a mais rápida integração do candidato escolhido, promove um impacto positivo na equipe da qual ele fará parte e possibilita um desenvolvimento mais vigoroso da carreira do colaborador.
Utilizar as redes sociais tem significado, para as empresas, uma alternativa para encontrar profissionais mais qualificados para as suas vagas, preencher vagas “difíceis”, obter referências sobre o candidato, avaliar o “valor” desse profissional no mercado, além de possibilitar analisar um maior número de candidatos e escolher o melhor.
Vale lembrar aqui, ao final destas considerações, os cuidados que profissionais e empresas devem tomar no recrutamento junto às redes sociais.
• Do lado dos profissionais, é necessário usar o bom senso e construir uma rede virtual de contatos positiva, afastando-se das declarações e relações polêmicas, radicais ou tendenciosas.
• Expor a vida privada, nossos comportamentos e posições exigem maturidade e boa dose de análise crítica, pois nem tudo nos convém ou é permitido.
• Do lado das empresas, é necessário lembrar que a sua exposição e das suas “movimentações organizacionais” é sinal de transparência não só com os candidatos, mas também com os já colaboradores, clientes, parceiros, fornecedores, concorrentes e mercado em geral. Desta forma, a imagem da companhia, seu bem precioso, deve ser cuidada com esmero, contribuindo para fortalecê-la, sempre.
Márcia Vazquez (Consultora sênior de carreira da CATHO Consultoria em RH e certificada como Coach pela International Coaching Community (ICC) )

domingo, 1 de agosto de 2010

Claudia Adriasola - BM Brasil - O perfil que buscamos

Ovum: companhias devem integrar redes sociais ao CRM

Relatório aponta que a internet tende a virar uma fonte importante de informações para relacionamento com clientes.


Por anos, as áreas de atendimento e os departamentos de vendas têm usado as soluções de CRM (gestão do relacionamento com o cliente) como uma fonte valiosa de informações para melhorar o relacionamento com o mercado ou incrementar as ofertas. 
No entanto, um relatório recém-publicado aponta que nem todos os dados pertinentes ao negócio podem ser encontrados nesse tipo de sistema.
O documento, preparado pelo instituto de pesquisas britânico Ovum, diz que só 25% das informações coletadas no sistema de CRM são realmente importantes para os executivos das empresas. Além disso, o relatório aponta que nem sempre as ferramentas estão integradas a novas formas de contato com os clientes, como as redes sociais e outros recursos na internet.
Segundo a Ovum, as empresas podem tirar mais vantagem do ambiente online para gerar dados relevantes sobre o relacionamento com os clientes. Para isso, precisa integrar os sistemas de CRM a essas novas informações, colhidas principalmente nas redes sociais e em blogs.
“As organizações deveriam considerar a opção de usar ferramentas de busca de informações online, em paralelo às soluções tradicionais”, adverte o relatório da Ovum. O documento aponta que as pesquisas realizadas em redes sociais podem ser fundamentais para que as empresas se mantenham competitivas no mercado.
O diretor de análises da Ovum e autor do estudo, Richard Edwards, afirma que a TI terá um papel fundamental nesse ambiente. “As corporações precisam revisitar suas políticas de gestão da informação, privacidade e governança se quiserem utilizar a internet como fonte para reforçar as ações de vendas", pontua o especialista. "Além disso, as empresas precisam ter claro que tipo de dado pode ser pertinente para grupos e indivíduos específicos", completa ao citar uma das funções do CIO e de sua equipe.
O relatório da Ovum aponta também que as corporações podem gerar novos leads (oportunidades) de vendas a partir das redes sociais se usarem o chamado ‘social calling’, um termo criado por Nigel Edelshain, CEO da Sales 2.0, portal de serviços de vendas interativas.
O conceito defende que os departamentos comerciais adotem técnicas de abordagem dos potenciais clientes explorando ações tradicionais - como ligações e visitas - com iniciativas na internet. O que tende a aumentar em até dez vezes as chances de sucesso de qualquer abordagem, defende Edelshain.