terça-feira, 3 de agosto de 2010

Email marketing: uma questão de interatividade

Integrar as redes sociais a ações de mídia digital é uma saída para quem quer fazer uma  nova forma de comunicação

 
Facebook e twitter. Essas são algumas das palavras que mais ouvimos em nosso dia a dia quando falamos em redes sociais. E junto com elas, vem acompanhado um dos termos também mais usados na era da web 2.0: interatividade. O Facebook soma 400 milhões de usuários no mundo, segundo a própria rede. O mercado nacional é o país com maior adesão a redes sociais do mundo. Um estudo divulgado pela Nielsen, feito com dez países, incluindo Estados Unidos, França e Alemanha, mostra que 86% dos internautas brasileiros utilizam algum tipo de rede social.
Essas plataformas foram desenvolvidas com o propósito de promover relacionamento pela web. Pessoas buscam outras para criar e manter amizades por meio de comunidades, onde gostos e preferências ficam evidentes. Paralelo ao mundo real, onde não é tão fácil encontrar seres humanos com interesses em comum, a web funciona como um recurso que dá vazão a essa sinergia e interatividade. De olho nas redes sociais como um filão para relacionamento, as empresas começam a investir nesse meio para propagar suas marcas de maneira mais segmentada.
De acordo com o Yankee Group, uma empresa de análises de mercado que produziu uma pesquisa para a Siemens Enterprise Communications, a maioria dos consumidores busca interação com as empresas por meio de redes sociais como Facebook e Twitter, mas apenas 30% das companhias estão preparadas para atuar nessas plataformas.
Isso é um dado que chama a atenção, uma vez que também evidencia o interesse dos consumidores em interagir com as marcas pelas redes sociais. Com base nesse cenário, ferramentas de comunicação online estão cada vez mais integradas com essas redes para “turbinar” esse contato. Uma delas é o email marketing, que vem ganhando mais maturidade e notoriedade no mercado brasileiro. Por conta da insistente e significativa mudança que esse canal vem trazendo em relação ao conceito de spam versus segmentação de conteúdo com relevância, as redes sociais integradas ao email marketing vêm contribuindo para uma nova forma de comunicação.
Vivenciamos uma fase em que o email marketing começa a ser aplicado como ferramenta de segmentação para relacionamento – muito além da venda em si. Estar alinhado ao conteúdo “exigido” pelos adeptos das redes sociais, de forma automatizada, é um dos fatores que apoiam a ascensão da fidelidade dos públicos em relação às marcas. Segundo pesquisa da Anderson Analytics, que analisou a demografia e psicografia de usuários de redes sociais no Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn, quando se trata de marcas no ambiente das redes sociais, 52% dos usuários adicionaram a marca como amigo ou se tornaram fã de pelo menos uma delas, 17% consideram positiva a presença de uma marca nas redes sociais e 20% gostariam de ver mais comunicação das marcas nessas redes.
Os dados comprovam uma demanda evidente dos usuários em relação a um contato mais próximo com as marcas que são de sua preferência. Nesse ponto, há dois desafios: o de ampliar a comunicação nas redes sociais e o de conquistar adeptos de uma marca por meio delas. Em ambos, a importância da continuidade no relacionamento por meio das redes sociais é vital. Seguindo o fluxo de comunicação que deve ser implantado nas ações de email marketing, o mesmo deve ser usado para o contato com usuários de interesse de uma marca nas redes sociais.
O email marketing, quando realizado com base nas boas práticas de comunicação, de acordo com princípios éticos de responsabilidade e adequação de conteúdo junto ao target almejado, ou seja, condizente ao seu perfil, traz resultados que elevam o ROI (Return on Investiment). Com as redes sociais o princípio é exatamente o mesmo, ou seja, quem aceita receber algum tipo de mensagem e adiciona a marca em sua rede é o próprio usuário. No email marketing, a receita segue os mesmos princípios e quem envia campanhas com base em opt in ou soft opt in já está um passo a frente e é provável que se enquadre nessa parcela de 30% de empresas preparadas para seguir ações relacionadas aos interesses de quem deseja realmente receber o que se envia.
É preciso entender que as redes sociais não estão aqui de passagem, merecem atenção, pois devem permanecer por um longo tempo, até que venha uma nova era, mas que sem dúvida, continuará sendo ainda mais interativa. Cabe aqui ressaltar que as redes sociais farão parte de algo que começou e que deu certo apenas para alguns: aqueles que souberam mudar sua cultura organizacional, que se adequaram a uma nova geração, que trouxeram conteúdo relevante a quem quer recebê-lo e que, principalmente, fizeram uso de plataformas que ensinaram esse processo anteriormente e que puderam propiciar a integração de dois mundos – ações digitais e interatividade –, os quais, embora pareçam semelhantes, não são iguais em sua essência.
Veruska Reina (CMO da VIRID Interatividade Digital, empresa líder especializada em gestão e envio de email marketing, proprietária das plataformas Virtual Target e Zartana)