Independentemente do setor de atuação, existe um perfil de empresa que vem se destacando cada vez mais no meio da concorrência: a empresa 2.0.
Para absorver melhor essa característica é preciso entender o que as tecnologias da web 2.0 têm proporcionado em termos de comunicação interna e com o mercado.
Seja o que for, os resultados são bons. Pesquisa empreendida no ano passado pela consultoria norte-americana McKinsey revelou que as empresas estão mais conectadas do que se imaginava e que, com o uso mais ordenado das tecnologias colaborativas, têm aumentado suas margens de lucro e suas fatias de mercado (market share).
À parte organizações que simplesmente não se sentem totalmente confortáveis com as novas formas tecnológicas de comunicação e preferem manter uma gestão tradicional, a maioria das empresas que investe na web 2.0 o faz por dois motivos: o primeiro é estimular maior participação dos colaboradores, capacitá-los a tomar decisões e resolver problemas mais rapidamente; o segundo é criar um canal de comunicação mais eficaz com os clientes, promovendo maior interação em todas as etapas do negócio e realizando uma ação intensa de marketing.
Quando se observa mais atentamente as ações de uma empresa é possível notar que a aquela que investe nas tecnologias colaborativas com o firme propósito de conquistar seu público interno e externo está bastante à frente da concorrência. Trata-se de investir numa abordagem mais sofisticada, buscando envolver funcionários, clientes, parceiros de negócio, fornecedores e até mesmo a população do entorno num projeto mais ousado.
Para tanto, conhecer e lançar mão das novas tecnologias de uma forma ordenada é o primeiro passo. O uso da web 2.0 começa no básico: site com excelente nível de navegabilidade, ferramentas de busca, intranet e canal eficiente de comunicação com o cliente.
Mas é possível investir numa dúzia de recursos que fazem diferença na qualidade do relacionamento interpessoal. É o caso dos blogs – que têm a virtude de desierarquizar a informação dentro do ambiente corporativo, cativando também o meio externo –, da presença nas mídias sociais (Orkut, Facebook, YouTube, Twitter, LinkedIn, Plaxo etc.), dos grupos de discussão, das mensagens instantâneas, do treinamento online, dos chats, VoIP (voz sobre IP), feed RSS, Wikis e mais.
Se estar mais visível e disponível, ao menos virtualmente, nos remete a claros ganhos em termos de imagem e marketing, há quem ainda não compreenda o alcance das tecnologias colaborativas quando usadas no ambiente interno. Imagine só: alguém pode postar no blog corporativo o anúncio de um evento. Por exemplo, uma palestra sobre qualidade de atendimento ao cliente de determinado segmento. O anúncio ainda diz que ela será proferida por um especialista no assunto. Pois bem. No mesmo ambiente (blog), é possível incluir um vídeo de treinamento sobre os serviços prestados a esse tipo de cliente. Também pode haver um material que fale mais sobre os clientes desse setor, com missão e objetivo. Dado que os colaboradores podem se inteirar sobre o tema e as empresas envolvidas, é interessante incluir um feed RSS que remeta a links e conteúdos do palestrante.
Nesse cenário, quem comparecer ao evento já estará bem informado e preparado para tirar o máximo proveito do assunto, solucionando suas principais dúvidas sobre o tema. Durante a palestra, poderá se valer de mensagens instantâneas ou twitter – por exemplo – para repassar informações preciosas para os colegas que por algum motivo não puderam comparecer. Até mesmo seus amigos – e seguidores de todos os tipos – poderão aproveitar o conteúdo. A propósito, quando sentir que está dominando o assunto, o mesmo colaborador poderá lançar mão do wiki (interno ou universal) para acrescentar todo o tema apreendido, favorecendo assim a multiplicação da informação.
Dois terços dos mais de três mil altos executivos norte-americanos ouvidos pela McKinsey em 2010 responderam já se consideram empresas 2.0 e que pretendem investir ainda mais em tecnologias colaborativas – o que prova os ganhos percebidos e efetivos. No Brasil, começa a crescer o número de empresas que estão investindo nesses recursos de comunicação e marketing. A perspectiva é promissora.
* Fabio Dal Colletto é engenheiro elétrico pela Escola Politécnica (USP) e gerente da Unione Outsourcing.
Seja o que for, os resultados são bons. Pesquisa empreendida no ano passado pela consultoria norte-americana McKinsey revelou que as empresas estão mais conectadas do que se imaginava e que, com o uso mais ordenado das tecnologias colaborativas, têm aumentado suas margens de lucro e suas fatias de mercado (market share).
À parte organizações que simplesmente não se sentem totalmente confortáveis com as novas formas tecnológicas de comunicação e preferem manter uma gestão tradicional, a maioria das empresas que investe na web 2.0 o faz por dois motivos: o primeiro é estimular maior participação dos colaboradores, capacitá-los a tomar decisões e resolver problemas mais rapidamente; o segundo é criar um canal de comunicação mais eficaz com os clientes, promovendo maior interação em todas as etapas do negócio e realizando uma ação intensa de marketing.
Quando se observa mais atentamente as ações de uma empresa é possível notar que a aquela que investe nas tecnologias colaborativas com o firme propósito de conquistar seu público interno e externo está bastante à frente da concorrência. Trata-se de investir numa abordagem mais sofisticada, buscando envolver funcionários, clientes, parceiros de negócio, fornecedores e até mesmo a população do entorno num projeto mais ousado.
Para tanto, conhecer e lançar mão das novas tecnologias de uma forma ordenada é o primeiro passo. O uso da web 2.0 começa no básico: site com excelente nível de navegabilidade, ferramentas de busca, intranet e canal eficiente de comunicação com o cliente.
Mas é possível investir numa dúzia de recursos que fazem diferença na qualidade do relacionamento interpessoal. É o caso dos blogs – que têm a virtude de desierarquizar a informação dentro do ambiente corporativo, cativando também o meio externo –, da presença nas mídias sociais (Orkut, Facebook, YouTube, Twitter, LinkedIn, Plaxo etc.), dos grupos de discussão, das mensagens instantâneas, do treinamento online, dos chats, VoIP (voz sobre IP), feed RSS, Wikis e mais.
Se estar mais visível e disponível, ao menos virtualmente, nos remete a claros ganhos em termos de imagem e marketing, há quem ainda não compreenda o alcance das tecnologias colaborativas quando usadas no ambiente interno. Imagine só: alguém pode postar no blog corporativo o anúncio de um evento. Por exemplo, uma palestra sobre qualidade de atendimento ao cliente de determinado segmento. O anúncio ainda diz que ela será proferida por um especialista no assunto. Pois bem. No mesmo ambiente (blog), é possível incluir um vídeo de treinamento sobre os serviços prestados a esse tipo de cliente. Também pode haver um material que fale mais sobre os clientes desse setor, com missão e objetivo. Dado que os colaboradores podem se inteirar sobre o tema e as empresas envolvidas, é interessante incluir um feed RSS que remeta a links e conteúdos do palestrante.
Nesse cenário, quem comparecer ao evento já estará bem informado e preparado para tirar o máximo proveito do assunto, solucionando suas principais dúvidas sobre o tema. Durante a palestra, poderá se valer de mensagens instantâneas ou twitter – por exemplo – para repassar informações preciosas para os colegas que por algum motivo não puderam comparecer. Até mesmo seus amigos – e seguidores de todos os tipos – poderão aproveitar o conteúdo. A propósito, quando sentir que está dominando o assunto, o mesmo colaborador poderá lançar mão do wiki (interno ou universal) para acrescentar todo o tema apreendido, favorecendo assim a multiplicação da informação.
Dois terços dos mais de três mil altos executivos norte-americanos ouvidos pela McKinsey em 2010 responderam já se consideram empresas 2.0 e que pretendem investir ainda mais em tecnologias colaborativas – o que prova os ganhos percebidos e efetivos. No Brasil, começa a crescer o número de empresas que estão investindo nesses recursos de comunicação e marketing. A perspectiva é promissora.
* Fabio Dal Colletto é engenheiro elétrico pela Escola Politécnica (USP) e gerente da Unione Outsourcing.