quarta-feira, 30 de junho de 2010

Especial etiqueta online: as redes certas para procurar emprego

O relacionamento numa rede social ajuda a abrir portas, mas um simples post infeliz pode pôr tudo a perder
Nenhum recrutador, em sã consciência, acumularia sobre sua mesa uma pilha de currículos impressos, mas sua caixa postal já está atulhada de informações de candidatos.

Da mesma forma, não se pode pensar em um profissional de RH perdendo tempo em redes sociais à busca do "profissional de ouro". Certo? Errado. Cada vez mais, os recrutadores estão de olho no ambiente 2.0. No entanto, a garimpagem não é feita de forma aleatória.

Há redes sociais em que o trabalho é concentrado. A maioria dos caçadores de talentos concluiu, por exemplo, que o Orkut não é um bom ambiente para suas atividades. A concentração fica em redes mais sérias e nas quais o profissionalismo é o tema central. "Usamos apenas o LinkedIn na hora de pesquisar currículos", explica Patrícia Epperlein, sócia-diretora geral da Mariaca. "Há muito ruído nas outras redes". Traduzindo: para quem deseja ser visto com o objetivo de contratação deve ir aonde os profissionais de RH concentram suas forças.

Isso não quer dizer que você fique descuidado a respeito do que escreve em outras redes sociais. Lembre-se sempre de que, em um processo seletivo, a disputa é acirrada. Indeciso entre dois candidatos, o recrutador pode resolver fuçar no seu perfil pessoal do Twitter, por exemplo. Vamos supor que você tenha escrito naquele dia uma frase cheia de preconceitos. Você deve concordar que isso não contará pontos positivos.

Menos privacidade

O espaço para a privacidade está cada vez menor. Por isso, os próprios profissionais de RH recomendam o máximo cuidado com o que se escreve nos perfis da Web 2.0. Há casos em que pessoas perderam o emprego porque postaram mensagens impróprias.

O assunto se tornou tão sério que muito profissionais estão procurando cursos especializados para entender como reagir num ambiente 2.0.  Ele é tema de um curso de marketing pessoal da Miyashita Consulting, no início de junho. "Ensinamos os alunos a desenvolverem a competência do relacionamento, que sempre foi tratada como questão consequente e natural do desenvolvimento da carreira", explica Marcelo Miyashita, consultor-líder e palestrante da Miyashita Consulting.

Segundo ele, essa competência pode ser otimizada, utilizando-se das mesmas técnicas de marketing, gestão e relacionamento que as organizações utilizam para seus negócios.

Com a Web 2.0, a questão do relacionamento tem muitas consequencias. Um relacionamento virtual, por exemplo, pode ser sim uma alavanca para carreira, refletindo na imagem e até definindo o fechamento de negócios. Ao mesmo tempo, um comentário infeliz postado sem pensar pode colocar tudo a perder.