quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

LinkedIn investe no Brasil para ser 3º país da empresa globalmente


Rede social viu o número de usuários brasileiros aumentar seis vezes em pouco mais de um ano e abre escritório em São Paulo para direcionar estratégia na América Latina

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing
sylvia@mundodomarketing.com.br

O LinkedIn oficializou na manhã de ontem, dia 30, a abertura do primeiro escritório da empresa na América Latina. Como já havia sido noticiado, o país escolhido foi o Brasil e a unidade estará localizada em São Paulo. Os investimentos no mercado nacional começaram em abril de 2010, quando o site foi traduzido para o português. De lá para cá, a rede social viu sua base de brasileiros cadastrados aumentar em seis vezes, passando de um milhão de usuários para os seis milhões atuais e garantindo o quarto lugar mundialmente, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e da Inglaterra.

Presente em 200 países, o LinkedIn pretende aumentar ainda mais o conhecimento sobre os hábitos, preferências e desejos dos internautas locais. Para isso, contratou Osvaldo Barbosa de Oliveira, que assume como Diretor Geral da operação brasileira e acumula 30 anos de experiência nos setores de Internet e Tecnologia, tendo trabalhado na Microsoft por duas décadas.

“O objetivo é estar mais próximo dos usuários e das empresas para entregar um maior valor. O LinkedIn ainda está no começo em termos de penetração no universo profissional. É uma grande oportunidade em todo o mundo”, conta o executivo, explicando que a ideia é focar 100% no mercado nacional e direcionar a expansão para a América Latina – que soma 14 milhões de cadastrados – a partir da operação brasileira, que funcionará como uma sede regional.

Ações de recrutamento garantem metade da receita
Com mais de 135 milhões de internautas em todo o mundo, a rede social conta com três áreas de negócio para gerar receita: soluções de recrutamento que permitem que as empresas encontrem talentos na rede social, soluções de Marketing para companhias que desejam promover suas marcas e produtos e as assinaturas premium, que dão um valor adicional aos indivíduos que desejam melhorar suas conexões e procuram emprego.

Dos US$ 139 milhões gerados no último trimestre de 2011, aproximadamente 50% foram referentes a soluções de recrutamento. “É o carro-chefe e uma das áreas que mais tem crescido. Existe uma pesquisa dentro do LinkedIn que aponta que apenas 18% dos que estão empregados buscam emprego. Mas 60% dos que estão trabalhando estão abertos a receber uma proposta de trabalho. As empresas de RH sabem que os melhores profissionais não são aqueles que estão procurando emprego, mas os que já têm sucesso em suas vidas profissionais”, diz Oliveira.

Os perfis das companhias também vêm registrando uma expansão e, no Brasil, empresas como Itaú, Petrobras, Anhembi Morumbi, Einstein e Fast Shop já contam com suas company pages. O sucesso da rede atrai ainda os anunciantes e, por aqui, o LinkedIn soma clientes como Microsoft, O Boticário e Whirlpool.

De olho nos jovens profissionais
Apesar de não divulgar números, uma das metas da empresa no país é fazer com que o Brasil saia da quarta para a terceira colocação global em relação à base de usuários. Outro desafio é conquistar a geração Y. “Queremos que os estudantes que estão no curso superior, começando sua carreira, entrem no LinkedIn e comecem a fazer a sua história profissional”, ressalta o Diretor Geral.

O executivo lembra ainda da importância do canal para as empresas que desejam recrutar. “Quando as pessoas querem localizar talentos, candidatos passivos, que não estejam necessariamente procurando um emprego, é no LinkedIn que devem começar. Nenhuma outra rede consegue fazer com que a área de Recursos Humanos localize o talento adequado e relevante. No LinkedIn temos um perfil completo, atualizado, com ferramentas para buscar esses profissionais”, acredita.
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