quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sem Telefone, internet é a maior fonte de informação sobre o Haiti !

DA REDAÇÃO - Com as linhas de telefone cortadas, a internet vem sendo a maior fonte de informações sobre o terremoto de 7.3 graus de magnitude que assolou o Haiti na terça-feira. Corporações midiáticas como a CNN, a BBC e a Globo utilizam o material que ONGs, embaixadas e moradores vêm fornecendo em sites, blogs e redes de relacionamento como twitter e facebook. Por toda a internet, relatos sobre tremores que continuam acontecendo, moradores que têm medo de retornar a seus lares e a precariedade do atendimento médico são abundantes, além de pedidos de solidariedade através de doações e ajuda humanitária.
No blog da família Livesay, que mora no Haiti, eles relatam a visão da cidade devastada, comentando que, nesta quarta-feira, os tremores continuam acontecendo, em diversas escalas. A família ainda confirma algumas informações, como a da queda do Palácio Nacional e do mercado caribenho de quatro andares – que estava aberto. Segundo os relatos do blog, a situação é chocante, e ao lado de prédios inteiros há construções – igrejas, hospitais e escolas – completamente devastadas, bem como vários sobreviventes ainda presos nos escombros.
A família ainda levanta atenção para o estado de desamparo para os desabrigados e feridos do país, já que o sistema médico é muito precário no país assolado pela pobreza. Segundo relatos, o principal hospital da cidade de Porto Príncipe foi comprometido. O prédio da ONU na cidade também foi comprometido, além das duas maiores igrejas locais. No twitter da organização britânica “Save the Children” (salve as crianças), eles falam que as equipes ainda sentem tremores pela cidade, e que “as pessoas estão dormindo na rua, com medo de voltar para suas casas e estruturas”. No endereço https://www.savethechildren.org.uk, os internautas podem fazer doações para ajudar o país.P>
A organização Fireside International também mantém atualizações constantes em seu twitter. Segundo o microblog, “voar está fora de questão”, já que o “aeroporto está fechado”. Segundo as últimas atualizações, os telefones ainda estão cortados no país, e a organização ainda declara que “os números de mortos serão difíceis de ouvir”.
Por enquanto, estima-se que milhares possam ter morrido. Até agora, quatro militares brasileiros foram confirmados mortos, além de cinco feridos. Segundo o chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general-de-brigada Carlos Alberto Barcelos, esse número ainda pode aumentar.